Crianças acamadas e com restrição ao leite têm maior risco da doença
“Uma criança
acamada durante muito tempo e restrita à exposição solar pode desenvolver
raquitismo por deficiência de vitamina D. Além disso, a criança que não ingere
laticínios - a maior fonte de cálcio para os ossos - durante a infância também
pode ter raquitismo”, alerta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
(ABRASSO). Esses são os chamados raquitismos nutricionais, que não costumam
ser frequentes, a não ser nestas condições especiais.
“Mas é preciso uma
atenção especial às crianças veganas, as com intolerância à lactose e as com
alergia à proteína do leite de vaca. A falta do cálcio poderá causar raquitismo
nutricional deixando graves sequelas. Nestes casos, o cálcio precisa ser
suplementado”, diz Dra. Marise.
O raquitismo mais
frequente no Brasil é de causa genética, provocado por concentrações baixas de
fósforo no sangue. Por este motivo é chamado de raquitismo hipofosfatêmico.
O raquitismo
acontece porque grande parte do tecido ósseo não consegue ser mineralizado,
tornando-se mole e sujeito a deformidades. Os principais sinais e
sintomas do raquitismo são: baixa estatura, dores ósseas
frequentes, fraqueza muscular importante e deformidades, especialmente nas
pernas. “Isso é perceptível a partir do momento que a criança começa a andar,
justamente pelo peso do corpo sobre as perninhas, que começam a se deformar”,
explica a endocrinologista. Deformidades no crânio (fronte olímpica) e no tórax
(rosário raquítico), sulco de Harrison e o peito de pombo são outros sinais da
doença na criança. Por causa das deformidades e fraturas, essas crianças
costumam passar por múltiplas cirurgias ortopédicas ao longo da infância.
A boa notícia é
que para esse raquitismo mais frequente no Brasil, o hipofosfaltêmico, há um novo
medicamento, muito seguro e eficiente, o burosumabe, um anticorpo
monoclonal que tem como meta diminuir e perda de fósforo pela urina, causadora
da doença, que já está aprovado pela Anvisa e sendo liberado pelo SUS. Portanto
vale ficar de olho nos fatores de risco, para que o tratamento seja o mais
precoce possível.
ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
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