Lesões por esforço
repetitivo (LER) comuns aos 40 ou 50 anos acometem pacientes jovens que
precisam buscar tratamento médico. Saída é mudar os hábitos. Usar, por exemplo,
outros dedos além do polegar na digitação e deixar o celular na altura dos
olhos, entre outras medidas
O uso intenso de celulares e computadores é um dos
responsáveis por antecipar doenças como artrose e desgaste prematuro das
articulações nas mãos de jovens na casa dos 20 anos. Ao mesmo tempo, a má
postura por longas horas também tem causado dores na região lombar (parte baixa
da coluna) e na região cervical (parte superior da coluna), que requerem
encaminhamento médico o mais breve possível. São as chamadas lesões por esforço
repetitivo (LER) que, ultimamente, só apareciam em idades mais avançadas e,
quase sempre, em pessoas já em atividade profissional.
Segundo o ortopedista Cleber Furlan, o perfil do
paciente mudou muito nos últimos dez anos. “A sala de espera do consultório
hoje é repleta de gente mais jovem, com queixa de dor e com maus hábitos que
vão trazer problemas muito sérios em curto espaço de tempo”, destaca.
Furlan reforça que, para evitar problemas assim, é
necessário que seja feita reposição de postura, em especial mudar a maneira de
utilizar o celular e o computador. “Tentar ficar com a coluna reta ao usar o
computador, utilizar outros dedos além do polegar para mexer no celular, e
deixar o celular na altura dos olhos, de forma a evitar a angulação da cabeça
que pode causar problemas sérios na coluna, são medidas importantes.”
Além da mudança da idade, a área do corpo com mais
queixas também alterou. Nos dias de hoje, os problemas mais frequentes são as
dores na região lombar (parte baixa da coluna) devido à postura em cadeiras, na
região cervical (parte superior da coluna) em razão da postura, e de tendinite
nas mãos, especialmente no polegar.
De acordo com o médico especialista, é preciso
tratar o paciente e depois ajudar a criar novos hábitos. “Usar o celular na
cama, sentado em má postura ou até para escrever por longas horas traz danos”,
explica. “É preciso desenvolver essa consciência e mudar”.
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