Professora do curso
de Nutrição do UDF, explica como a doença afeta a saúde humana
Sem sombra de dúvidas a comida pode proporcionar
momentos maravilhosos na vida de muitas pessoas, mas quando as refeições em
família e as preparações caseiras são substituídas por lanches rápidos, como fast foods
e alimentos ultraprocessados, diversas enfermidades podem aparecer,
entre elas, a obesidade.
Segundo a professora do curso de Nutrição do Centro
Universitário do Distrito Federal – UDF, Rafaella Alves, a obesidade é uma
doença crônica não transmissível de causa multifatorial, sua etiologia está
associada a diferentes fatores, como: genética, sedentarismo, alterações
hormonais, processos inflamatórios, consumo alimentar inadequado, mudanças no ambiente
e sistema alimentar, entre outros, podendo trazer sérios prejuízos à saúde.
Rafaella Alves aponta que no Brasil, os últimos
inquéritos populacionais mostraram mudanças nos indicadores do estado
nutricional dos indivíduos, com o aumento das prevalências dos casos de
sobrepeso e obesidade nos diferentes ciclos da vida, atingindo especialmente as
populações mais vulneráveis, como as de baixa renda e escolaridade.
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em
2025 a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam
acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um
índice de massa corporal (IMC) acima de 30kg/m²”, informa a professora do curso
de Nutrição.
Rafaella ressalta que as pessoas com obesidade sofrem
com o fenômeno da estigmatização da doença, o qual é capaz de causar sérias
consequências para a saúde, seja física, psíquico-emocional ou afetiva, e
talvez por isso, algumas pessoas fazem buscas por tratamentos milagrosos.
Para a professora do UDF, o tratamento da obesidade
deve ter por finalidade o alcance de uma série de objetivos globais em curto e
longo prazo e para isso, é necessário o acompanhamento de uma equipe
multidisciplinar, formada por nutricionistas, profissionais de educação física,
fisioterapeutas, psicólogos, médicos e demais especialistas da saúde, que serão
responsáveis por direcionar o tratamento, considerando a individualidade do
paciente.
“Em se tratando da alimentação adequada e saudável,
devemos nos basear nos princípios do Guia Alimentar para a População Brasileira
(2014), e dar preferência para alimentos in natura ou minimamente processados
(frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas, castanhas, farinhas, leite,
carnes, ovos), limitar o consumo de alimentos processados (alimentos in natura
ou minimamente processados fabricados com adição de sal, açúcar ou outra
substância de uso culinário em sua composição) e evitar o consumo de alimentos
ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes,
macarrão instantâneo etc).
Por fim, a nutricionista salienta que é importante
que a sociedade entenda que a obesidade é um problema de saúde pública, sendo
necessário o fortalecimento de políticas, ações e estratégias intersetoriais
para o seu enfrentamento.
Centro Universitário do Distrito Federal – UDF
www.udf.edu.br
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