A
Pinacoteca Contemporânea recebe o público com atrações musicais e inaugura as
exposições Quase Coloquial, da artista sul-coreana Haegue Yang, e Chão da
Praça: obras do acervo da Pinacoteca; Chico da Silva e o ateliê do Pirambu
ocupa a principal sala expositiva da Pinacoteca Luz
A Pinacoteca de
São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São
Paulo, celebra a abertura do novo edifício, a Pinacoteca Contemporânea, no dia
4 de março, com duas exposições inaugurais: Quase Coloquial, da artista
sul-coreana Haegue Yang, e Chão da praça: obras do acervo da Pinacoteca. Uma
programação especial com diversas atrações musicais marca o dia. Também no dia
4 de março a mostra Chico da Silva e o ateliê do Pirambu ocupa o principal
espaço expositivo da Pinacoteca Luz.
O projeto,
assinado pelo escritório Arquitetos Associados em parceria com Silvio Oksman,
foi pensado para ser integrado ao centenário Parque da Luz e aos bairros do Bom
Retiro e da Luz. A construção da Pinacoteca Contemporânea foi possível graças a
uma composição de recursos entre o Governo do Estado de São Paulo, que investiu
R$ 55 milhões, e de patrocinadores privados captados pela Organização Social
Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, que acompanharam as obras desde
sua fase inicial. A Família Gouvêa Telles foi a investidora de R$ 30 milhões,
sem uso de lei de incentivo.
Com potencial para
receber até 1 milhão de visitantes por ano, o edifício conta com uma grande
praça pública coberta, com 1.339,2 m², dois ateliês para atividades educativas,
a loja do museu e um pavilhão onde está localizada a Galeria Praça, com 200 m²,
que recebe a exposição Haegue Yang: Quase Coloquial. Com 1.000m², a Grande
Galeria, situada no subsolo, recebe a mostra Chão da Praça: obras do acervo da
Pinacoteca. Um mezanino com vista para o parque da Luz, onde está localizada a
cafeteria, complementa o projeto do edifício, criando um ambiente que cumpre os
requisitos fundamentais para um museu do séc. XXI, ao mesmo tempo em que é
amigável, inclusivo e acessível. No prédio está também a Biblioteca da
Pinacoteca de São Paulo e o Centro de Documentação do Museu.
“Localizado ao
redor de uma grande praça, aberto ao parque e à livre circulação do público, o
edifício da Pinacoteca Contemporânea promove o encontro e o diálogo, de forma
acessível e inclusiva, fomentando a diversidade, a educação e a
sustentabilidade. O novo espaço complementa os outros dois edifícios da
Pinacoteca através de uma arquitetura permeável e acolhedora, e reflete o
espírito de integração social presente em todos os programas desenvolvidos
pelo museu, favorecendo a experimentação da arte contemporânea”, explica Jochen
Volz, diretor geral do museu.
Com uma programação integrada entre os
prédios, em 2023 a Pinacoteca de São Paulo seguirá apresentando uma consistente
pesquisa em torno de nomes históricos e contemporâneos da arte brasileira em
diálogo com renomados artistas internacionais, dando visibilidade para uma
multiplicidade de linguagens, temas e produções.
Sobre
as exposições
Pinacoteca
Contemporânea
O ano começa com a
abertura da Pina Contemporânea, recebendo as mostras inaugurais do novo espaço,
Quase Coloquial, de Haegue Yang e Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca.
Primeira grande mostra da artista sul-coreana Haegue Yang na América Latina,
Quase Coloquial tem curadoria de Jochen Volz e inaugura a Galeria Praça, na
Pinacoteca Contemporânea. A exposição consiste em cinco grupos de trabalhos
baseados em larga pesquisa conceitual da artista reconhecida pela prática que
passa por esculturas, instalações, obra em papel, fotografia e vídeo.
Investigando o estudo coletivo sobre forma, funcionalidade e racionalidade, a
artista dialoga com a história da cultura brasileira em obras como Cantos
empilhados (2022) e a colagem Estrangeiro Coloquial (2021), trabalho
desenvolvido especialmente para esta exposição.
Com coordenação
curatorial de Ana Maria Maia, curadora chefe da Pinacoteca, e Yuri Quevedo, a
mostra Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca, reúne cerca de 60 obras do
acervo de arte contemporânea, em montagem pautada pelo desejo de falar sobre
narrativas de atravessamento, vizinhanças e transcendências. Apresentando
artistas diversos, pertencentes a diferentes gerações, perfis identitários,
regiões do país e circuitos de produção, obras como Parede da memória
(1994-2015), de Rosana Paulino, Máscara de ritual Tukano I, de Duhigó e
Estrutura dissipativa / Gangorra (2013), de Rommulo Vieira Conceição podem ser
vistas na Grande Galeria.
Na performance
Modificação e apropriação de uma identidade autônoma (1980), de Gretta Sarfatty
(Atenas – Grécia, 1954), o deslocamento individual de uma mulher destitui as
camadas de um cubo confeccionado para abarcar (e, nesta medida, comportar) seu
corpo e sua subjetividade. Esta performance será apresentada na abertura da
exposição. Nesta ocasião, não é a própria Gretta que se apresentará, mas a
também artista Val Souza, convidada a interpretar o roteiro histórico,
trazendo-o para seu corpo e sua experiência.
Pinacoteca
Luz
A Pina Luz recebe,
a partir do dia 4 de março, a maior exposição individual já realizada sobre o
artista Chico da Silva (1910-1985), reunindo coleções públicas e particulares
em um recorte que vai de 1943 a 1984. Chico da Silva e o ateliê do Pirambu
ocupa a principal galeria expositiva da Pinacoteca Luz e convida o público a
conhecer o legado do artista que foi um dos responsáveis por transformar o
cenário artístico cearense a partir da década de 1940, com suas composições
fabulares repletas de monstros mitológicos, animais fantásticos e outros
personagens. Com curadoria de Thierry de Freitas, a mostra apresenta 124
trabalhos.
Serviço
Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h
Ingresso: Inteira, R$20,00 – meia: R$10,00
Nos primeiros 30 dias, a entrada para
visitação das exposições na Pinacoteca Contemporânea não será cobrada
Nenhum comentário:
Postar um comentário