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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Os lugares mais baratos do mundo para viver e começar um negócio do zero

O ranking da revista americana International Living traz surpresas, como o Panamá (na foto), onde um orçamento de R$ 7 mil por mês permite que uma família viva confortavelmente em qualquer lugar do país

  

Ano novo, vida nova! Essa máxima é repetida e perseguida por pessoas do mundo todo. O início de um novo ano inspira mudanças e nos últimos cinco anos, 4,2 milhões de pessoas deixaram o Brasil para viver no exterior.

A revista americana International Living costuma divulgar um Índice Global Anual de Aposentadoria dos melhores lugares para se aposentar. Mas, desta vez, os especialistas responsáveis pelo material vieram com uma novidade. A lista não vale apenas para aposentados, mas para quem procura uma vida melhor e mais acessível, e com impostos mais baixos para quem deseja abrir um pequeno negócio.

“Considerar opções no exterior pode cortar seu custo de vida pela metade – ou até mais em alguns lugares –, e isso abre muitas possibilidades para uma vida melhor", sinaliza a editora executiva da International Living, Jennifer Stevens.

Dar adeus ao horário comercial, ao deslocamento, à política e se instalar em um lugar onde cada dia traz uma aventura nova é o que normalmente move pessoas a se mudarem, segundo Jennifer.

Para 2023, o ranking da International Living combinou algumas categorias para focar melhor a atenção das pessoas nos fatores que são mais importantes a serem considerados: custo de vida, clima, vistos, impostos, moradia e saúde.

Mesmo baseada em números e estatísticas, como o custo de vida e o preço da moradia, Jennifer destaca que a lista não retrata uma pesquisa científica. Nas palavras da editora, o valor do Índice vem do fato de que as classificações são geradas com um contexto do mundo real em mente, com informações de pessoas que vivem e passam tempo nesses lugares.

Presentes na lista desde 2017, países como a Malásia e Vietnã saíram do levantamento em 2023 porque as situações de visto tornaram problemático ou muito caro para os expatriados morarem lá em tempo integral. Segundo a editora, "são lugares lindos, de clima quente, com pessoas acolhedoras e custos de vida muito baixos, mas a situação atual dos vistos dificulta uma estadia em tempo integral, seja do ponto de vista logístico ou de custo". Vale lembrar que o ranking considera um estilo de vida bem confortável.


1 - LAGOS, VILAMOURA E TAVIRA - PORTUGAL

Portugal foi eleito o melhor país para se viver. As opções de visto tornam a permanência por lá de longo prazo relativamente fácil.

Grandes cidades como Lisboa e Porto vão custar mais. Em cidades menores, as ofertas de imóveis são consideravelmente mais em conta, e o preço de moradia é o custo mais elevado de Portugal.

Cidades históricas e turísticas, como Lagos, Vilamoura e Tavira apresentam boas opções de moradia com alugueis de até R$ 2 mil. O custo médio para alimentação de um casal é de R$ 800 por mês.

Além disso, qualquer investidor estrangeiro pode empreender no país, que estimula o empreendedorismo e oferece incentivos a investidores estrangeiros. Assim como no resto do mundo, o setor de tecnologia anda aquecido por lá, mas também é interessante empreender na área alimentícia, turística, beleza, publicidade e tantos outros.


2- CHAPALA - MÉXICO

O Lago Chapala está localizado em uma região montanhosa. Os municípios do entorno do Chapala têm uma das maiores comunidades de americanos do México, integrada em sua maior parte por pessoas da terceira idade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Migração mexicano, 7 mil estrangeiros vivem na região, sobretudo no município de Ajijic, onde falar inglês é praticamente obrigatório para se comunicar bem. No inverno, milhares de americanos e canadenses fogem do frio e se refugiam na cidade. Por isso, a presença constante da moeda americana na região valoriza o setor de comércio e serviços da região.

Para aqueles que desejam viver com muito conforto, com um orçamento de R$ 10 mil, uma família estaria vivendo bem, jantando fora o tempo todo, morando em uma casa de alto padrão e com dinheiro suficiente para viajar quando quisesse, segundo o levantamento da International Living.


3 - PANAMÁ

O Panamá pontua bem em todos os aspectos - está abaixo da zona de furacões e tem ótimas opções de visto que permitem que expatriados fixem residência no país com benefícios que incluem incentivos fiscais e descontos.

A saúde no Panamá é de primeira linha – especialmente na cidade – e você pode morar na praia e estar a apenas uma hora de uma metrópole de verdade. O clima é quente o ano todo e embora o Panamá use o dólar americano, por lá os moradores não sentem a inflação da mesma forma que nos Estados Unidos, pois mesmo que os preços subam, eles ainda são uma fração do que se paga em território americano.

Panama City, Coronado e Boquete são as mais indicadas. A capital mistura arranha-céus e bairros arborizados. Coronado possui vasto complexo residencial que atende a quase todas as necessidades dos expatriados. Boquete é uma cidade montanhosa panamenha.

Um orçamento de R$ 7 mil por mês permite que qualquer família viva confortavelmente em qualquer lugar do país, sendo que em áreas rurais esse valor seria ainda mais baixo.

 


SALINAS, CIDADE DO EQUADOR

 

4 - EQUADOR

Pouco cotado por expatriados, o Equador oferece boas conveniências da vida moderna, incluindo internet de fibra ótica de alta velocidade, dólar americano, clima temperado, bom transporte público e assistência médica e moradia acessíveis.

As maiores comunidades de expatriados estão em Salinas, com suas praias repletas de condomínios modernos; Cotacachi, uma pequena e sonolenta vila onde os artesãos fazem de tudo, desde artigos de couro até ponchos de alpaca; Cuenca, a moderna cidade turística andina que é o centro cultural do Equador, onde a música, a arte e a arquitetura ao estilo de Nova Orleans atraem visitantes de todo o mundo.

De acordo com o ranking, existem poucos lugares no mundo onde o custo de vida é tão acessível quanto no Equador. É possível alugar uma boa casa em uma praia da Costa do Pacífico em um condomínio com excelentes vistas dos Andes por cerca de R$ 2 mil.


5 - COSTA RICA

Com um custo de vida mais baixo, facilidade de ir e vir para a América do Norte e assistência médica acessível, a Costa Rica tem zonas climáticas bem demarcadas e centenas de microclimas com clima quente, praias tropicais e selvas verdejantes.

Um casal pode viver confortavelmente por aproximadamente R$ 8 mil por mês. Isso inclui alugar uma casa em condomínio com duas suítes, ar-condicionado, além de alimentação, entretenimento, transporte e assistência médica.

 

IMAGENS: divulgação/reprodução

 

Mariana Missiaggia

Diário do Comércio (dcomercio.com.br)


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