Pais e responsáveis devem redobrar os
cuidados para incidentes como perfurações provocadas por lápis e tesouras,
batidas em quinas e mesas, boladas e até queimaduras, que são as principais causas
de diminuição da acuidade visual e cegueira unilateral; primeiros socorros são
essenciais para diminuir as complicações que podem ameaçar a visão
Segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de acidentes oculares ocorrem no mundo a cada
ano, o que significa mais de 150 mil diagnósticos por dia. Em mais de 40%
deles, as vítimas são as crianças entre 2 e 6 anos. Especialistas do H.Olhos,
hospital referência no tratamento de casos de alta complexidade em
oftalmologia, da rede Vision One, explicam que, nesta faixa etária, os traumas
oculares representam maior chance de perda da visão. O alerta é que a maior
parte deles geralmente acontece no local onde supostamente deveria ser o mais
seguro: dentro de casa.
As causas, segundo Dr. Pedro Antonio
Nogueira Filho, oftalmologista chefe do Pronto Socorro do H.Olhos, são muitas.
Entre elas, líder no ranking dos principais acidentes em crianças são os
traumas por impacto com objetos: 74% dos casos. “São perfurações provocadas por
lápis e tesouras, batidas em quinas e mesas, arranhões de gatos ou cachorros,
brincadeiras com estilingues, boladas e até queimaduras provocadas por panelas
quentes ou contato com produtos químicos”, elenca.
Como agir?
Como os olhos são órgãos sensíveis,
qualquer trauma deve ser tratado com muita atenção, principalmente porque até
os sete anos eles ainda estão em fase de desenvolvimento da visão. O
importante, segundo o especialista do H.Olhos é ficar atento aos sintomas, pois
muitas vezes eles não são imediatos e procurar um oftalmologista o mais rápido
possível para avaliar a gravidade do dano. Confira algumas dicas:
● Acidente com
substâncias químicas: o primeiro passo é lavar os olhos
abundantemente com água fria e filtrada por, pelo menos, 15 minutos. Evite o
uso de colírios e pomadas sem recomendação médica.
● Traumas com perfuração: evite
tocar, lavar e fazer quaisquer tipos de curativos possam comprimir a área
lesionada, pois podem agravar o quadro.
● Traumas sem
perfuração: em caso de soco, batida ou bolada,
fique atento a qualquer mudança no campo visual.
● Corpo estranho
nos olhos: se ao piscar, sentir um incômodo como
se fosse areia nos olhos, evite coçar, esfregar e pressionar os olhos. O ideal
é lavá-los com água fria e filtrada ou soro fisiológico estéril.
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