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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Hepatite misteriosa segue em atenção segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

A hepatite, que é tema de campanha no Brasil durante o mês de julho, ganha mais atenção em casos ainda não identificados em crianças

 

Neste mês, o Ministério da Saúde destaca a campanha de conscientização “Julho Amarelo”, criada em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa tem como objetivo reforçar a vigilância, a prevenção e o controle das hepatites virais, doenças que se manifestam de diferentes formas. Apesar de nem sempre apresentar sintomas, elas podem causar cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Segundo Marcos Loreto, diretor médico da Omint Saúde, a hepatite é uma inflamação do fígado causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas. 

“Existem alguns tipos de hepatites e elas apresentam algumas diferenças. A hepatite A pode ser transmitida por consumo de água e de alimentos contaminados; já a hepatite B é transmitida por meio do contato com fluidos corporais, como o sêmen e a saliva. No entanto, a hepatite B também pode ser facilmente transmitida por meio do uso de objetos perfurocortantes não esterilizados, como alicates e lâminas de barbear que são comumente utilizados em salões de beleza. Já a hepatite C tem um meio de transmissão similar ao da hepatite B”, explica Loreto.

 

O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C, pois pode ter sido exposto a esse vírus na juventude.

 

Hepatite Misteriosa 

Em meados de abril de 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para os primeiros casos da hepatite, dita como misteriosa. Segundo o último boletim da entidade, divulgado no dia 22 de julho, foram contabilizados mais de 1.000 casos prováveis em 35 países. No Brasil, o Ministério da Saúde investiga 96 casos e 10 mortes suspeitas.

 Para a Dra. Mirian Dal Ben, médica infectologista e credenciada Omint Saúde, a doença, que atinge crianças e adolescentes, tem preocupado autoridades sanitárias do mundo, uma vez que ainda não foi identificado seu agente causador. 

“O que se sabe até agora, é que existem estudos conduzidos para entender a causa dessa doença em crianças. Já se sabe que o adenovírus continua sendo o patógeno mais frequentemente detectado entre os casos com dados disponíveis, seguido pelo vírus da COVID, o SARS-CoV-2. Embora ainda desconhecida a causa dessa hepatite em crianças e adolescentes, fica o alerta para seguir as medidas de prevenção indicadas pela OMS, como o uso de máscara, o consumo de água potável, cuidado na preparação dos alimentos, higiene frequente das mãos, evitar aglomerações e garantir uma boa ventilação quando estiver em locais fechados”, enfatiza a infectologista.

 

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