Conheça os diferentes tipos de vistos e como pleitear um dos 300 mil green cards disponíveis.
Brasileiros que optam por continuar nos Estados
Unidos após o término da validade do visto de estudante precisam se atentar a
algumas regras para não ficar na mira da embaixada americana, correndo o risco
de serem deportados.
Para a brasileira Arleth Bandera, fundadora de uma
agência de intercâmbio e consultora especializada em processos migratórios, a
busca pelo visto permanente tem sido uma constante. “A maioria das pessoas
viaja com a ideia de estudar e juntar dinheiro para retornar ao Brasil, mas
acaba encontrando oportunidades que vão desde a valorização do dólar frente ao
real até oportunidades de trabalho (ainda que sejam os famosos “subempregos”),
e não quer mais ir embora” – revela.
Por conta disso, neste ano, o Serviço de Cidadania
e Imigração dos EUA (USCIS) colocou à disposição mais de 300 mil green cards. A
quantidade recorde de documentos de residência tem como principal objetivo atrair
mais imigrantes qualificados para carreiras bem-sucedidas, oportunidades de
emprego e investimentos no país.
Mas, se a ideia é se tornar um cidadão americano, é
importante conhecer seus direitos e se atentar a alguns pontos, para não cair
em uma furada. O primeiro deles é entender que há diferentes tipos de visto
para entrar nos Estados Unidos. Se um brasileiro vai viajar com o visto F1
(estudante), ele não poderá trabalhar em momento nenhum, nem em trabalhos
informais - se optar por fazer isso poderá perder a permissão de
permanecer e estudar nos Estados Unidos e, com isso, o sonho de se tornar um
cidadão americano acaba. Apenas o visto J1 permite que o brasileiro estude e
trabalhe legalmente nos EUA.
“Para trabalhar nos EUA com um visto do tipo F uma
autorização da imigração é necessária, e se trata de um processo longo,
demorado e bastante complicado. Em alguns casos, a lei permite a um estudante
que esteja passando por dificuldades financeiras (encontradas após a emissão do
visto e o início dos estudos no país) trabalhar por meio período durante as
aulas e por período integral durante as férias de verão” – alerta.
O segundo ponto é que o estudante não terá um Green
Card apenas por ter estudado por um período nos Estados Unidos. “O que você
pode é encontrar uma empresa que queira te contratar, por meio do seu
reconhecimento acadêmico ou de contatos, e trocar o seu visto F por um do tipo
H (de trabalho). Somente após essa contratação e de um tempo específico de
trabalho legal no país, você poderá pensar em pleitear o seu green card” –
afirma.
Além disso, existem outras maneiras de ficar
legalmente nos Estados Unidos, por exemplo: o brasileiro que foi viajar com
visto de turista e encontrou uma oportunidade de emprego pode solicitar a
alteração de B1/B2 para H1-B. “Esse é um visto temporário e permitirá que a
pessoa more e trabalhe no país enquanto ele estiver válido. Mas, se o novo
emprego ainda não surgiu e a ideia é continuar nos EUA para estudar, primeiro o
brasileiro deverá pedir a extensão do visto de turista (B2) enquanto a
autorização e a alteração para o visto de estudante (F1) não é concluída” –
revela.
Por fim, Arleth comenta a respeito da troca de
visto de trabalho para visto turismo ou estudo. “Quem viaja aos EUA a trabalho
para exercer a função de Au Pair, por exemplo, entra no país com o visto J1. Ao
concluir esse período, o viajante pode se matricular em um colégio ou
universidade, provando que tem condições financeiras de se manter no país por
mais tempo e dar início a jornada estudantil, ou então simplesmente solicitar
um visto de turista para aproveitar mais um período nos Estados Unidos,
viajando e curtindo” – finaliza.
Hoje em dia, há muitas formas de permanecer nos Estados Unidos sem correr o risco de ser pego pela imigração ou deportado, deixando toda uma história para trás, de um dia para o outro.
Eagle intercâmbio - startup
localizada no Vale do Silício (Califórnia), sendo a primeira agência de
intercâmbio feita totalmente por brasileiros na região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário