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quarta-feira, 27 de julho de 2022

GREEN CARD – UM SONHO POSSÍVEL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE

Conheça os diferentes tipos de vistos e como pleitear um dos 300 mil green cards disponíveis.  

 

Brasileiros que optam por continuar nos Estados Unidos após o término da validade do visto de estudante precisam se atentar a algumas regras para não ficar na mira da embaixada americana, correndo o risco de serem deportados. 

Para a brasileira Arleth Bandera, fundadora de uma agência de intercâmbio e consultora especializada em processos migratórios, a busca pelo visto permanente tem sido uma constante. “A maioria das pessoas viaja com a ideia de estudar e juntar dinheiro para retornar ao Brasil, mas acaba encontrando oportunidades que vão desde a valorização do dólar frente ao real até oportunidades de trabalho (ainda que sejam os famosos “subempregos”), e não quer mais ir embora” – revela.

Por conta disso, neste ano, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) colocou à disposição mais de 300 mil green cards. A quantidade recorde de documentos de residência tem como principal objetivo atrair mais imigrantes qualificados para carreiras bem-sucedidas, oportunidades de emprego e investimentos no país.

Mas, se a ideia é se tornar um cidadão americano, é importante conhecer seus direitos e se atentar a alguns pontos, para não cair em uma furada. O primeiro deles é entender que há diferentes tipos de visto para entrar nos Estados Unidos. Se um brasileiro vai viajar com o visto F1 (estudante), ele não poderá trabalhar em momento nenhum, nem em trabalhos informais -  se optar por fazer isso poderá perder a permissão de permanecer e estudar nos Estados Unidos e, com isso, o sonho de se tornar um cidadão americano acaba. Apenas o visto J1 permite que o brasileiro estude e trabalhe legalmente nos EUA. 

“Para trabalhar nos EUA com um visto do tipo F uma autorização da imigração é necessária, e se trata de um processo longo, demorado e bastante complicado. Em alguns casos, a lei permite a um estudante que esteja passando por dificuldades financeiras (encontradas após a emissão do visto e o início dos estudos no país) trabalhar por meio período durante as aulas e por período integral durante as férias de verão” – alerta.

O segundo ponto é que o estudante não terá um Green Card apenas por ter estudado por um período nos Estados Unidos. “O que você pode é encontrar uma empresa que queira te contratar, por meio do seu reconhecimento acadêmico ou de contatos, e trocar o seu visto F por um do tipo H (de trabalho). Somente após essa contratação e de um tempo específico de trabalho legal no país, você poderá pensar em pleitear o seu green card” – afirma.

Além disso, existem outras maneiras de ficar legalmente nos Estados Unidos, por exemplo: o brasileiro que foi viajar com visto de turista e encontrou uma oportunidade de emprego pode solicitar a alteração de B1/B2 para H1-B. “Esse é um visto temporário e permitirá que a pessoa more e trabalhe no país enquanto ele estiver válido. Mas, se o novo emprego ainda não surgiu e a ideia é continuar nos EUA para estudar, primeiro o brasileiro deverá pedir a extensão do visto de turista (B2) enquanto a autorização e a alteração para o visto de estudante (F1) não é concluída” – revela. 

Por fim, Arleth comenta a respeito da troca de visto de trabalho para visto turismo ou estudo. “Quem viaja aos EUA a trabalho para exercer a função de Au Pair, por exemplo, entra no país com o visto J1. Ao concluir esse período, o viajante pode se matricular em um colégio ou universidade, provando que tem condições financeiras de se manter no país por mais tempo e dar início a jornada estudantil, ou então simplesmente solicitar um visto de turista para aproveitar mais um período nos Estados Unidos, viajando e curtindo” – finaliza. 

Hoje em dia, há muitas formas de permanecer nos Estados Unidos sem correr o risco de ser pego pela imigração ou deportado, deixando toda uma história para trás, de um dia para o outro. 

 

Eagle intercâmbio - startup localizada no Vale do Silício (Califórnia), sendo a primeira agência de intercâmbio feita totalmente por brasileiros na região.

www.eagleintercambio.com


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