Considerada um transtorno mental e problema social, doença intensifica comportamentos impulsivos
Drogas ilícitas, álcool, cigarro, comprimidos para insônia ou ansiolíticos são sempre ligados como estimulantes da dependência química. As reações corporais e mentais dessa doença influenciam um estigma, gerando preconceito, desinformação e mitos. Para esclarecer um pouco mais sobre essa disfunção crônica, é necessário elencar os muitos fatores que contribuem para definir o quadro dessa patologia.
De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine Monteiro, a dependência química é a relação que uma pessoa tem com alguma droga e como ela consome essa substância. “É necessário ligar o alerta quando uma pessoa desenvolve comportamentos impulsivos para aliviar sensações da sua vida, muitas vezes, que não está conseguindo lidar”, explica a psicóloga.
Reconhecida como uma doença pela Organização Mundial de
Saúde (OMS), ela pode trazer consequências físicas e mentais pelo uso abusivo
de substâncias no organismo. “Existem questões hereditárias que enfatizam uma
predisposição para a doença, como também dificuldades de lidar com frustrações,
problemas, traumas de infância, sintomas de depressão, tristeza sem motivo
aparente e ansiedade também podem ajudar a desencadear”, comenta.
A dependência química carrega muito estigma e preconceito, a maioria das pessoas que passam por esse processo apresentam dificuldade de controlar o uso dessas substâncias, síndrome de abstinência, tolerância aumentada para drogas e mudanças no comportamento. “Toda dependência e a maioria das doenças mentais ainda são carregadas de muito preconceito. Inclusive, essa é uma das dificuldades das pessoas que demoram a procurar ajuda. Mas é importante destacar que é necessário procurar ajuda o quanto antes”, comenta.
O tratamento mais indicado é o multidisciplinar. Isso
porque é necessário que os profissionais olhem, acolham, receba e trate os
pacientes de acordo com sua singularidade. Os mais conhecidos incluem o
acompanhamento terapêutico, desintoxicação, dinâmicas de grupo e atividades
físicas.
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