Especialista na área, professora da UniAvan conta que método diminui o número de internações e até o tempo de permanência na UTI
A chegada de dias mais frios, Inverno e a alta
umidade geram um aumento nas doenças respiratórias. Em Santa Catarina, por
exemplo, o Governo Estadual registrou, apenas no mês de maio, centenas de casos
de Síndrome Respiratória Aguda Grave, sendo que 28 evoluíram para óbito. Tal
situação também aumentou a busca por tratamentos nos hospitais, ocupando quase
100% da capacidade. Uma das alternativas para ajudar os pacientes é a
fisioterapia respiratória. Especialista e mestre no assunto, professora da UniAvan, Bianca Dana
Horongozo, explica que a intervenção é indicada para quase todas as doenças que
atingem o sistema respiratório, cardíaco, pós operatórios abdominais, e até
doenças crônicas, como a asma e bronquite. “A fisioterapia respiratória ajuda a
diminuir os casos de hospitalizações e, para os que acabam internados, diminui
o tempo de permanência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, conta.
O recurso é indicado desde os casos que
podem parecer superficiais até pacientes com sintomas graves ou crônicos, sendo
recomendado para situações de falta de ar, secreção pulmonar, fraqueza
muscular, diminuição de mobilidade, dor torácica, diminuição de capacidade de
exercício ou funcional, sequelas pós Covid-19, também como rotina de
reabilitação de pacientes asmáticos, e até o cansaço ao realizar atividades
cotidianas, como varrer a casa, levantar, entre outros. “Geralmente, a
fisioterapia respiratória passa a ser adotada como um primeiro recurso dos
tratamentos, seja com acompanhamento de paciente na clínica ou até atuação nos
pacientes de UTI”, explica. “Outro caso importante é para o paciente asmático.
Diferentemente do que muita gente pensa, ele precisa fazer uma atividade física
controlada para prevenir momentos de crise”, acrescenta.
A especialista conta que a
fisioterapia respiratória é composta por recursos instrumentais, manuais e
aeróbicos, e tem como base exercícios conforme a capacidade e tolerância de
cada paciente. Utilizam recursos tecnológicos como o “Power Breathe”, um
dispositivo como o “bafômetro” que funciona para fortalecimento muscular
respiratório, ou o CPAP, um equipamento que conectado à uma máscara que fornece
um fluxo contínuo de ar, expandindo os pulmões, entre outros.
O recurso é escolhido de acordo com a avaliação de
cada paciente, onde é realizada a medição dos sinais vitais, capacidades
respiratórias, físicas e outros detalhes importantes. E também com relação a
idade de quem está sendo submetido à técnica, já que a fisioterapia
respiratória pode ser aplicada desde em bebês até idosos. “Há diferenças nos
recursos e técnicas conforme o desenvolvimento do sistema respiratório, pois o
nosso sistema continua a maturar conforme vamos crescendo”.
Segundo a professora da UniAvan,
os pacientes podem já sentir melhora na primeira sessão, mas é indicado que
seja realizado um tratamento completo, de acordo com cada caso. Ela explica que
os benefícios da fisioterapia respiratória são diversos, como a diminuição na
falta de ar ou cansaço, aumento da força muscular respiratória, melhora na
capacidade funcional e a tolerância no exercício, aumento dos volumes e
capacidades pulmonares, entre outros. “Paciente terá mais disposição, melhora
qualidade do sono, terá mais força e mais qualidade de vida”, acrescenta.
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