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terça-feira, 24 de maio de 2022

Você sabia que Confúcio usava óculos como enfeite?

Origem do acessório antiga e sua evolução contribui para a solução dos problemas de visão até os dias de hoje 

 

Eles corrigem erros de refração, acabam com a dificuldade para enxergar, ajudam na inclusão de pessoas que anteriormente não eram capazes de realizar certas atividades,  valorizam o visual e ainda protegem os olhos contra os raios UV e a luz azul. Estamos falando dos óculos, invenção importante para a história da humanidade.  

Os primórdios dos óculos que conhecemos hoje estão registrados em textos do filósofo chinês Confúcio de 500 a.C. Nessa época, o acessório não tinha grau e era usado como adorno. 

Foi apenas na Idade Média, com o aperfeiçoamento das leis fundamentais da óptica, feita pelo árabe Al-Hazen, que as lentes começaram a ser fabricadas, em 1267, a partir de uma pedra chamada berilo. O monge franciscano Roger Bacon foi o primeiro a demonstrar a utilidade da pedra, em 1267. 

A partir dessa descoberta, os óculos se tornaram mais próximos aos modelos atuais.  

Em 1270, surge o primeiro par de óculos na Alemanha. Eram duas lentes unidas por aros de ferro e rebites, usados sobre o nariz.  

Em pouco tempo, o acessório chegou à Itália, país que se destacou na produção de óculos graças ao médico Savino degli Armati e ao frade dominicano Alessandro della Spina, pioneiros no assunto.  

Os primeiros óculos eram destinados apenas à correção da presbiopia e hipermetropia, melhorando a capacidade de leitura. Não à toa, eles eram associados a pessoas cultas e eruditas.  

As duas condições exigem lentes do tipo convergentes. Ou seja, elas vão aproximar os raios de luz para o cristalino, onde eles vão convergir e fazer com que a imagem seja projetada exatamente na retina. 

Foi apenas em 1441 que surgiram as primeiras lentes para os míopes e, em 1827, a solução para pessoas com astigmatismo. 

Para estes problemas de visão, as lentes corretivas são as divergentes. Elas empurram o foco da imagem para a retina dos olhos, o que facilita o reconhecimento de objetos que estão distantes e aliviar a visão distorcida ou embaçada. 

 

A evolução dos modelos

Os óculos com hastes perpendiculares posicionadas sobre as orelhas, chamado de modelo Numont, é uma invenção relativamente nova se comparada à história do acessório. Elas só são incorporadas no século XVII e começam a ser o modelo mais usado apenas no século XX.  

Antes disso, os óculos pince-nez - ajustados sobre o nariz - e mais tarde os lorgnons - com uma haste lateral que precisava ser segurada à frente do rosto durante o uso - eram os únicos disponíveis. 

A popularização dos óculos numont deram novas possibilidades ao design das armações. A partir de 1940, os plásticos e seus derivados passaram a ser usados na fabricação dos aros, o que tornou as peças mais leves e confortáveis.  

As lentes também sofreram modificações ao longo do tempo para melhorar a visão e o conforto no uso de óculos. O que começou com o berilo evoluiu para lentes de precisão, personalizadas, com camadas de revestimentos, feitas em plástico leve com tecnologia de ponta.


Quem inventou os óculos de sol?

Foram os esquimós que construíram os primeiros modelos de óculos de sol. O intuito era de atenuar os efeitos da incidência da luminosidade solar sobre a neve.  

Esses modelos eram feitos de madeira, marfim ou partes de baleia. Eles eram praticamente inteiros fechados, com pequenas fendas para que fosse possível enxergar.  

Historiadores acreditam que Nero, imperador romano que viveu entre 37 e 63 d. Ccostumava usar acessórios como óculos de sol nas arenas locais. Eles eram compostos de lentes de vidro coloridas e também tinham o objetivo de proteger a visão.  

Na Alemanha do século XIII, os óculos solares com armação aparecem pela primeira vez e, no século seguinte, os franceses modificam o item para que fique mais confortável, adicionando o encaixe para o nariz. A partir do século XVII, os óculos de sol também começaram a ser fabricados na versão Numont. 

Até o século XX, os óculos de sol tinham as lentes verdes, devido ao material em que era produzido. A substituição por opções como acrílico e policarbonato permitiu ampliar a gama de cores e, nos anos 70, as lentes pretas e coloridas viraram moda. Atualmente, as verdes, marrons, pretas e cinzas são as mais indicadas, pois absorvem a maior parte da luz solar.  

Assim como os tradicionais, o uso de óculos escuros também faz bem para a saúde. Estima-se que,  dos 120 mil novos casos de catarata registrados no Brasil, 6 mil seriam evitados com o uso do acessório. No entanto, é preciso cuidado, porque se não houver a presença de filtro solar na lente, ela pode aumentar em até 60% as chances de desenvolvimento da catarata, uma das doenças que mais cegam as pessoas no Brasil e no mundo. Isso acontece por conta da fotoceratite.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mínimo 5% do número de casos da doença podem ser causados por fotoceratite, doença que inicialmente só provoca uma inflamação nos olhos, deixando-os um pouco avermelhados e com uma ligeira sensação de incômodo nas vistas. Depois é que a vista começa a ficar opaca. Caso conheça alguém cuja visão se encontra nessa condição, procure um profissional que poderá explicar melhor o que é catarata e, caso a doença seja confirmada, indicar o melhor tratamento.   

Seja por necessidade ou estilo, o fato é que todo mundo hoje em dia tem ou já teve um óculos na vida. Como dito acima, este é um acessório essencial para a saúde humana por combater doenças como miopia e a hipermetropia, só no brasil, atinge 65 milhões de pessoas, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). E com o avanço da tecnologia, é possível escolher um modelo que agrade tanto o seu estilo quanto a sua visão, fugindo dos estereótipos de antigamente. É momento de ver e ser livre do seu próprio jeito, seja ele qual for.  


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