Buscar alternativas para reduzir os gastos com
energia tem sido a realidade de muitos brasileiros. Afinal, com a pandemia,
tivemos um aumento considerável de consumo de energia tanto por parte dos
consumidores residenciais, quanto pelos empresariais – e, diante dos valores
exorbitantes, agora também encarecidos pelas consequências da guerra da
Ucrânia, couberam às organizações procurarem por medidas mais eficazes na busca
por um custo de energia mais acessível. Essa tendência vem consolidando a
expansão do mercado livre de energia no Brasil.
Atualmente, no cenário pós-pandemia, presenciamos a
retomada e normalização da cadeia produtiva. Esse movimento tem dado ainda mais
protagonismo para o desempenho do mercado livre de energia no país. De acordo
com o relatório de energia livre, divulgado em março de 2022, pela Associação
Brasileira dos Comercializadores de Energia no Brasil (Abraceel), em 2021 o
mercado livre de energia cresceu 25% com destaque ao setor das indústrias, com
85% de adoção.
Essa modalidade, que já existe há mais de 20 anos,
dá a opção para empresas terem alternativas ao distribuidor local conhecido
como Ambiente de Contratação Regulado (ACR), de uma fonte de energia à um custo
mais viável. Por sua vez, para que a uma dada companhia possa adentrar nessa
modalidade de contratação, é necessário corresponder aos critérios de
elegibilidade que consideram aquelas que possuem uma demanda maior ou referente
a 500 KW.
Desde seu surgimento, esse segmento vem
movimentando decretos e medidas no legislativo, como o Projeto de Lei 414/2021,
que visa abrir o mercado de energia elétrica no Brasil para que todos os tipos
de consumidores tenham a opção de escolher o próprio fornecedor de
eletricidade.
Ainda de acordo com o relatório da Abraceel,
atualmente, já se encontram no país mais de 26 mil unidades de consumo no
mercado livre, passando a marca de mais de 10 mil empresas. Em nível nacional,
isso aponta que 34% de toda energia consumida no país está nessa modalidade
chamada de Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Como justificativa para este crescimento, os
benefícios financeiros se destacam, uma vez que os investimentos neste modelo
podem trazer uma redução de até 50% de gastos com energia a longo prazo. Uma
outra razão que vem fortalecendo também esse desempenho, ainda, é o fato de
cada vez mais empresas procurarem aderir as práticas de ESG (Environmental,
Social and Governance), que neste aspecto se dá por uso de fontes de energias
renováveis, como eólica, solar e geração de energia a partir de biomassa.
Diante de perspectivas promissoras, é certo afirmar
que a tendência do consumo do mercado livre de energia veio para ficar. Só nos
últimos 12 meses são mais de 4.700 unidades que migraram para esse setor, o que
reforça a necessidade de empresas que atuam na geração e comercialização de
energia livre, estejam adequadamente equipadas para atender essa demanda
crescente.
Tendo em vista que a taxa de crescimento continuará
a aumentar, isso reflete na geração de mais energia para venda. Por essa razão,
as comercializadoras precisam buscar se respaldar de recursos de tecnologia que
auxiliem na gestão de seus clientes, partindo dos critérios de monitoramento e
constituindo uma estrutura fiscal, financeira e de controladoria que sejam
compatíveis com o seu desempenho.
É fundamental para as empresas que pretendem
adentrar ou que já estão nesse mercado como comercializadoras, criarem um sistema
robusto de compliance e segurança. Com o crescente interesse do
público, torna-se crucial a necessidade de adquirir um sistema de gestão
ancorado em tecnologias que permitam abarcar essa expansão. Uma alternativa
está no uso de ERPs de última geração, que com características de
implementação na nuvem e de mobilidade, facilitam no controle e gerenciamento
de informações de maneira prática e ágil.
As perspectivas apontam que o mercado livre de
energia no Brasil está no seu melhor momento, com a tendência de que continue a
crescer cada vez mais. Por isso, essa vem sendo uma boa aposta para
investimentos, mas que dependerá, estritamente, do apoio tecnológico para
difundi-la com êxito.
Claudio Wagner - executivo de contas da G2 e
Head Comercial da Área de Energia, consultoria especializada em SAP Business
One.
G2
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