Seconci-SP orienta sobre a importância do
diagnóstico precoce para tratamento, controle e melhoria da qualidade de vida
dos pacientes
O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (19 de maio) está inserido na Campanha Maio Roxo, que tem como objetivo alertar a população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento para as doenças inflamatórias intestinais, que afetam mais de cinco milhões de pessoas no planeta, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
O gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dr. Edson Martins Filho, informa que são três as doenças mais prevalentes: retocolite, colite e doença de Crohn. “Os principais gatilhos são a genética, o comportamental, que envolve tabagismo, consumo de álcool e alimentação inadequada, e o estresse. Trata-se de uma reação autoimune do organismo, que passa a não reconhecer mais o intestino. Essas doenças são mais comuns de se manifestarem a partir dos 30 anos. Porém não é uma regra imutável, há casos em bebês e em pessoas com mais de 80 anos, que ao longo da vida nunca tiveram esse problema”.
Entre os sintomas estão a dor abdominal, barriga estufada, cólica, perda repentina de peso, acúmulo de gases, com flatulência excessiva e mudança nos hábitos intestinais com períodos de diarreia constante com variações para constipação, o conhecido intestino preso. “No caso da diarreia, além de ser persistente, as fezes apresentam muco e sangue. Outras doenças, como a Síndrome do Intestino Irritável, também provocam diarreia, mas sem a presença de sangue e muco”.
A recomendação é que, diante desses sintomas e se a diarreia persistir por mais de sete dias, a pessoa procure um médico. “Primeiro será avaliado o quadro clínico do paciente, seu histórico, sintomas e hábitos de vida, ou seja, uma anamnese bem completa. Pode ser solicitado exame de sangue e tomografia, porém o que resulta em um diagnóstico mais preciso é a colonoscopia com biópsia seriada”, descreve o especialista.
A conduta clínica envolve a cessão absoluta do tabagismo e consumo de álcool, evitar frituras, gorduras, cafeína, refrigerantes, leite de vaca e derivados, e privilegiar uma alimentação rica em verduras, legumes e alimentos integrais. Também são receitados medicamentos específicos, como a Mesalazina, antibióticos e/ou corticoides. “Os remédios biológicos, por exemplo, têm apresentado bons resultados. O tempo de uso das medicações irá depender do quadro clínico do paciente. Precisamos lembrar que estamos falando de doenças que não têm cura e que vão exigir tratamento e controle ao longo da vida”.
Dr. Martins ressalta que a escolha do roxo para representar a campanha refere-se ao fato que essas doenças, se não tratadas corretamente, podem levar ao câncer. “E não apenas ao de intestino. A doença de Crohn, por exemplo, afeta da boca ao ânus, podendo acarretar aftas orais, inflamação ocular, dores articulares, problemas pancreáticos e anais, entre outros”.
A recomendação do gastroenterologista é que, diante dos sintomas, procure um médico. “Essas doenças afetam a qualidade de vida do paciente e embora não tenham cura, o tratamento correto evita a evolução do quadro”, finaliza dr. Martins Filho.
Para mais informações, acesse o site da Associação Brasileira de
Colite Ulcerativa e Doença de Crohn – www.abcd.org.br.
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