Com participação
da entidade, relatório Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026 mostra
que o País pode chegar a 54 gigawatts (GW) de capacidade solar total até 2026
Apresentado durante a Intersolar Europe, maior feira e conferência do setor solar na Europa, realizada entre 10 e 13 de maio, o estudo, coordenado pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar, contou com a participação e co-autoria da Associação Brasileira de Energia Solar fotovoltaica (ABSOLAR). A ABSOLAR foi responsável por dois capítulos do documento: um que apresenta o panorama e perspectivas da energia solar na América Latina, destaque principal desta edição, e outro especificamente dedicado ao mercado solar no Brasil.
O relatório anual aponta que, apesar dos impactos sem precedentes causados pela pandemia de COVID-19 no mundo, a capacidade instalada solar dobrou no mundo nos últimos três anos. Com isso, em abril de 2022 o setor ultrapassou a marca de 1 TW de sistemas solares em operação no mundo. A projeção é de que a fonte solar fotovoltaica continuará acelerando seu crescimento, ultrapassando a marca de 2 TW em menos de quatro anos, o que representará o dobro da capacidade de geração de eletricidade da França e da Alemanha somadas.
O presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, participou do Congresso em Munique como palestrante e debatedor, em diversas atividades. “Em 2021, o Brasil foi um dos mercados líderes do mundo na instalação de novos sistemas solares, tendo adicionado 5,7 GW ao longo do ano, considerando a somatória das grandes usinas fotovoltaicas com os sistemas de geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos”, destaca Sauaia.
“Atualmente, a fonte solar é a quinta maior da matriz elétrica brasileira, com 15,3 GW de capacidade instalada em operação. Desde 2012, o setor solar trouxe ao País mais de R$ 82,1 bilhões de investimentos e mais de 459 mil novos empregos acumulados, além de ter evitado a emissão de 22 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. Isso é apenas o começo, dado que esta tecnologia limpa, sustentável e acessível ainda tem um imenso potencial para avançar no Brasil”, conclui.
O Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026 pode ser acessado na íntegra pelo link: https://www.solarpowereurope.org/insights/market-outlooks/global-market-outlook-for-solar-power-2022
Congresso: principais destaques
Durante o congresso, lideranças europeias destacaram as novas metas de ampliação de uso de fontes renováveis nos países da região. A União Europeia possui diretriz de suprir pelo menos 40% de sua necessidade energética por fontes renováveis até 2030, medida estratégica para o atingimento do compromisso de redução de 55% das emissões de gases de efeito estufa do bloco europeu até 2030 e atingimento de neutralidade de emissões até 2050. Em especial, a Alemanha deverá suprir 80% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030, aumentando a parcela para 100% até 2035.
Para atingir estes compromissos, os países europeus têm acelerado a realização de leilões de energia renovável, especialmente solar, e apoiado o crescimento do uso de sistemas solares em telhados de edificações. Outra aposta do bloco é o hidrogênio verde, tecnologia que pode fortalecer a autonomia energética do bloco em relação ao gás natural importado de países como a Rússia.
Feira: tendências tecnológicas e inovações em destaque
Na feira, foram apresentadas as principais tendências tecnológicas do setor solar na Europa e as inovações em desenvolvimento no mercado da região. Entre elas, chamam a atenção uso de energia solar em telhados e fachadas de edificações, inclusive substituindo materiais construtivos como telhas, brises e revestimentos de fachadas; o crescente interesse em sistemas solares flutuantes, instalados sobre superfícies de água de lagos e reservatórios de hidrelétricas, aumentando a geração de energia renovável e ajudando a reduzir a evaporação de água dos reservatórios; novas aplicações da tecnologia solar junto à produção rural, diretamente sobre plantações, proporcionando um uso duplo da área produtiva; a combinação da geração solar com armazenamento de energia elétrica, especialmente por meio de baterias; a aceleração da eletromobilidade, com diversas novas opções e tecnologias de carregadores de veículos elétricos para uso em residências e empresas; novos softwares e soluções de gestão de consumo de energia elétrica, aplicando a inteligência digital ao setor elétrico, para otimizar o consumo de energia elétrica nos horários críticos, reduzindo gastos e custos aos consumidores.
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