Em 07 de maio, comemora-se o Dia do Silêncio, um
momento para conscientizar a população sobre a poluição sonora, mas também um
convite à reflexão.
Nos últimos dois anos, a Covid-19 impactou as
populações com mais do que uma preocupação de saúde: solidão, medo,
incapacidade e exaustão são apenas alguns dos sentimentos que acometeram a
população mundial. Além das tantas perdas sofridas, mudanças na rotina -
essenciais para se adaptar ao novo (agora já velho) normal - também
comprometeram a qualidade de vida, a saúde física, a autoestima e até a forma
de se relacionar com aqueles ao seu redor. Infelizmente, essas feridas não
cicatrizam com a mesma facilidade e rapidez com que foram abertas, e, mais do
que nunca, carecem de cuidados. “Nesse momento em que as estatísticas de
Covid-19 tendem a arrefecer, estamos todos fortemente convidados a rever nosso
estilo de vida, saber se ele está nos levando em direção a um estado que inclui
saúde, paz e felicidade, ou se, apesar de 2 anos de pandemia, não aprendemos as
lições fundamentais que nos fariam avançar em nossa caminhada como seres
humanos e sociais”, comenta Plínio Cutait, Coordenador do Núcleo de Cuidados
Integrativos do Hospital Sírio-Libanês.
Em 07 de maio, comemora-se o Dia do Silêncio, um
momento para conscientizar a população sobre a poluição sonora, mas também um
convite à reflexão. O Núcleo de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio-Libanês
entende a importância desse momento, tanto que tem dentro da instituição a Sala
do Silêncio. “A meditação nos leva a estar mais conscientes de quem somos, do
que precisamos e do que é necessário fazer para estarmos mais equilibrados, e
para promover as mudanças que desejamos para a sociedade, para nossos
colaboradores, pacientes, familiares e visitantes. A Sala de Silêncio do Núcleo
de Cuidados Integrativos é dedicada a todos aqueles que queiram ter momentos de
recolhimento e para acolher ações ligadas ao cuidado do ser”, explica o
coordenador do núcleo.
O Núcleo de Cuidados Integrativos já trabalha desde
2008, no entanto, durante o pico da pandemia, muitas das iniciativas oferecidas
foram adaptadas para o ambiente digital, enquanto a Sala de Silêncio foi
redirecionada para atender outras demandas do hospital. Agora, ela reabre para
o público interno e externo.
O trabalho remoto foi uma das importantes
adaptações impostas pela pandemia. No início, o brasileiro acreditou que a
otimização do dia sem o tempo de deslocamento permitiria cuidar melhor da
saúde, com cuidados para uma alimentação equilibrada, prática de atividade
física e dedicação a saúde mental. No entanto, isso não aconteceu. Segundo
estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, cerca
de 20% dos brasileiros ganharam pelo menos dois quilos nesse período. O consumo
de álcool também aumentou, 35% das pessoas passaram a consumir doses excessivas
de bebidas alcoólicas em curtos intervalos de tempo durante a pandemia, é o que
indica levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde na América Latina e
Caribe (Opas). Já os casos de depressão e ansiedade aumentaram em 27,6% e
25,6%, respectivamente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A
otimização das tarefas serviu principalmente para acolher mais tarefas, mais
trabalho, mais obrigações. Enquanto isso, sobrou menos tempo, menos energia e
menos dedicação para com o autocuidado. Após dois anos cuidando da doença, é
hora de começar a cuidar-nos da forma mais integral possível”, alerta Cutait.
Enquanto a avaliação sobre sua condição atual é o
primeiro passo para a mudança, o próximo deve ser a busca por ‘linhas de
cuidado’. “Em geral, as práticas integrativas aliam tradição e ciência. Yoga,
meditação, Tai Chi Chuan, Jin Shin Jyutsu, Mindfulness, Reiki, Acupuntura e
técnicas de relaxamento são algumas delas. Quando alinhadas a uma mudança de
perspectiva sobre a vida, atividade física, alimentação equilibrada e sono
reparador, essas ações contribuem ativamente para a preservação da saúde e
prevenção de doenças. Mudar o estilo de vida é uma jornada que exige decisão,
compromisso, perseverança e acolhimento. Cultivar um propósito de vida
consciente e sustentável reúne a energia necessária para mudar hábitos
enraizados, o que por sua vez conduz o indivíduo a uma atitude saudável e
equilibrada frente à vida”, completa.
Sociedade
Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário