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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Dia do Silêncio: um momento de reflexão sobre sua saúde emocional

Em 07 de maio, comemora-se o Dia do Silêncio, um momento para conscientizar a população sobre a poluição sonora, mas também um convite à reflexão.

 

Nos últimos dois anos, a Covid-19 impactou as populações com mais do que uma preocupação de saúde: solidão, medo, incapacidade e exaustão são apenas alguns dos sentimentos que acometeram a população mundial. Além das tantas perdas sofridas, mudanças na rotina - essenciais para se adaptar ao novo (agora já velho) normal - também comprometeram a qualidade de vida, a saúde física, a autoestima e até a forma de se relacionar com aqueles ao seu redor. Infelizmente, essas feridas não cicatrizam com a mesma facilidade e rapidez com que foram abertas, e, mais do que nunca, carecem de cuidados. “Nesse momento em que as estatísticas de Covid-19 tendem a arrefecer, estamos todos fortemente convidados a rever nosso estilo de vida, saber se ele está nos levando em direção a um estado que inclui saúde, paz e felicidade, ou se, apesar de 2 anos de pandemia, não aprendemos as lições fundamentais que nos fariam avançar em nossa caminhada como seres humanos e sociais”, comenta Plínio Cutait, Coordenador do Núcleo de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio-Libanês.

Em 07 de maio, comemora-se o Dia do Silêncio, um momento para conscientizar a população sobre a poluição sonora, mas também um convite à reflexão. O Núcleo de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio-Libanês entende a importância desse momento, tanto que tem dentro da instituição a Sala do Silêncio. “A meditação nos leva a estar mais conscientes de quem somos, do que precisamos e do que é necessário fazer para estarmos mais equilibrados, e para promover as mudanças que desejamos para a sociedade, para nossos colaboradores, pacientes, familiares e visitantes. A Sala de Silêncio do Núcleo de Cuidados Integrativos é dedicada a todos aqueles que queiram ter momentos de recolhimento e para acolher ações ligadas ao cuidado do ser”, explica o coordenador do núcleo.

O Núcleo de Cuidados Integrativos já trabalha desde 2008, no entanto, durante o pico da pandemia, muitas das iniciativas oferecidas foram adaptadas para o ambiente digital, enquanto a Sala de Silêncio foi redirecionada para atender outras demandas do hospital. Agora, ela reabre para o público interno e externo.

O trabalho remoto foi uma das importantes adaptações impostas pela pandemia. No início, o brasileiro acreditou que a otimização do dia sem o tempo de deslocamento permitiria cuidar melhor da saúde, com cuidados para uma alimentação equilibrada, prática de atividade física e dedicação a saúde mental. No entanto, isso não aconteceu. Segundo estudo do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, cerca de 20% dos brasileiros ganharam pelo menos dois quilos nesse período. O consumo de álcool também aumentou, 35% das pessoas passaram a consumir doses excessivas de bebidas alcoólicas em curtos intervalos de tempo durante a pandemia, é o que indica levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde na América Latina e Caribe (Opas). Já os casos de depressão e ansiedade aumentaram em 27,6% e 25,6%, respectivamente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A otimização das tarefas serviu principalmente para acolher mais tarefas, mais trabalho, mais obrigações. Enquanto isso, sobrou menos tempo, menos energia e menos dedicação para com o autocuidado. Após dois anos cuidando da doença, é hora de começar a cuidar-nos da forma mais integral possível”, alerta Cutait.

Enquanto a avaliação sobre sua condição atual é o primeiro passo para a mudança, o próximo deve ser a busca por ‘linhas de cuidado’. “Em geral, as práticas integrativas aliam tradição e ciência. Yoga, meditação, Tai Chi Chuan, Jin Shin Jyutsu, Mindfulness, Reiki, Acupuntura e técnicas de relaxamento são algumas delas. Quando alinhadas a uma mudança de perspectiva sobre a vida, atividade física, alimentação equilibrada e sono reparador, essas ações contribuem ativamente para a preservação da saúde e prevenção de doenças. Mudar o estilo de vida é uma jornada que exige decisão, compromisso, perseverança e acolhimento. Cultivar um propósito de vida consciente e sustentável reúne a energia necessária para mudar hábitos enraizados, o que por sua vez conduz o indivíduo a uma atitude saudável e equilibrada frente à vida”, completa.
 


Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/


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