Principalmente as mulheres dos 35 aos 39 anos, com metade das participantes.
Cerca
de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada
ano; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de
2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados
após tão grande perda. Especialmente quando passam pelo procedimento de
curetagem, que não é fácil, e é muito doloroso. Muitas vezes, após passar por
ele, as pacientes são simplesmente instruídas pelos profissionais da saúde a
“apenas tentar novamente”.
E
conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 40% das
brasileiras que já sofreram aborto e fizeram curetagem, acreditam que os
profissionais da saúde não estão preparados para lidar com as mulheres nestas
situações. O percentual é mais alto entre as mulheres dos 35 aos 39 anos, com
metade das participantes. Já entre as entrevistadas dos 30 aos 34 anos, pelo
menos 48% concordam com esta afirmação.
Os
dados por estado demonstram que no Rio Grande do Sul 56% das entrevistadas
concordam que os profissionais da saúde não estão preparados para lidar com
mulheres que sofrem perda gestacional. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo,
47% e 44%, respectivamente, concordam com a afirmação. Já em São Paulo, 39%
acreditam que os profissionais da saúde não estão preparados.
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