Planos de saúde atingem a marca de
49 milhões de beneficiários
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga nesta quinta-feira
(24) a edição de março do Boletim Covid-19, com dados sobre o comportamento do
setor de planos de saúde durante a pandemia de Covid-19. A edição traz
dados atualizados até fevereiro de 2022.
O número de beneficiários apresentou aumento de 0,15% e atingiu a marca de 49 milhões de clientes de planos de saúde. A quantidade de leitos alocados para atendimento a casos de Covid-19 nos hospitais da amostra já começa a apresentar redução novamente, após a tendência de aumento registrada em janeiro deste ano.
A edição de março traz ainda as informações econômico-financeiras, pelas quais são informadas a sinistralidade no período e inadimplência, além das demandas dos consumidores recepcionadas pela ANS por meio de seus canais de atendimento.
O
objetivo do Boletim Covid-19 é monitorar a evolução de indicadores relevantes
do setor de planos de saúde nesse período, subsidiando análise qualificada da
agência reguladora e prestando mais informações à sociedade.
Clique aqui para acessar a edição
de março do Boletim Covid-19 - Saúde Suplementar.
Evolução
de beneficiários
O
número preliminar de beneficiários em planos de assistência médica relativo a
fevereiro de 2022 segue a tendência de crescimento observada desde julho de
2020. O total de 49.049.467 beneficiários representa aumento de 0,15%
em relação a janeiro de 2022. A taxa de adesão (entradas), considerando todos
os tipos de contratações, é superior à taxa de cancelamento (saídas) nos planos
médicos hospitalares. O tipo de contratação responsável por esta superioridade
é o coletivo empresarial que se mantém, desde julho de 2020, com mais entradas
do que saídas de beneficiários.
Considerando
o tipo de contratação do plano e a faixa etária do beneficiário, observa-se que
a variação foi positiva para os beneficiários acima de 59 anos em todos os
tipos de contratação ao longo dos meses de março de 2020 até fevereiro de 2022.
Informações
assistenciais
A
proporção de leitos destinados para atendimento à Covid-19 nos hospitais da
amostra apresenta redução em fevereiro de 2022, tanto para leitos comuns quanto
para leitos de UTI. A taxa mensal geral de ocupação de leitos, que engloba
tanto atendimento à Covid-19 como demais procedimentos, ficou em 74% no
período, dois pontos percentuais abaixo do patamar observado em fevereiro de
2021, quando o país enfrentava a segunda onda da doença.
A
ocupação de leitos comuns e de UTI para casos de Covid-19 voltou a apresentar
queda em fevereiro de 2022, passando de 61% para 58%. Já a ocupação de
leitos para atendimento a demais procedimentos mantém tendência de estabilidade
que vem sendo observada desde maio de 2021, tendo ficado em 76% no mês de
fevereiro.
A
busca por exames e terapias ficou 12,5% acima do patamar verificado em
fevereiro de 2021. Já os atendimentos em pronto-socorro que não geraram
internação retornaram aos patamares observados antes do início da pandemia no
país. O custo médio de internação para Covid-19 com UTI no início de 2022 se
mantém abaixo do verificado ao longo do ano de 2021.
Exames
Dos
dados sobre realização de exames de detecção de Covid-19, destaca-se que, tanto
o número de exames de RT-PCR como os exames de pesquisa de anticorpos, seguem
em queda no mês de dezembro de 2021. Na comparação com o mesmo período de 2020,
houve redução de 64,8% nos exames de RT-PCR e 95,9% para as pesquisas de
anticorpos realizadas no setor.
Informações
econômico-financeiras
No
encerramento de 2021, tanto o 3º quanto o 4º trimestre apresentam índice de
sinistralidade de caixa (despesas assistenciais/receitas) no mesmo patamar dos
dois últimos trimestres de 2019 (período pré-pandemia).
Em
2022, ao analisar os dados mensais, observa-se queda de três pontos percentuais
na sinistralidade de fevereiro em relação a janeiro de 2022. Já a prévia
da taxa de sinistralidade do 1º trimestre de 2022 atingiu 82% - 5 pontos
percentuais acima da sinistralidade trimestral de mesmo período de 2019. A ANS
permanecerá monitorando a evolução desses dados no setor.
Os
dados de fluxo de caixa das operadoras não devem ser confundidos com o índice
de sinistralidade contábil (divulgado na publicação Prisma Econômico-Financeiro
da Saúde Suplementar da ANS), mensurado por competência e que segue metodologia
própria, e é usado para o cálculo do reajuste de planos individuais/familiares
fixado pela ANS. As informações de fluxo de caixa, por sua agilidade de coleta,
são as mais adequadas para o célere monitoramento dos efeitos da pandemia.
Sobre
a inadimplência, os dados de fevereiro de 2022 comparados com o mês anterior
indicam oscilações suaves, dentro do comportamento histórico deste indicador.
Observa-se aumento de um ponto percentual na inadimplência total de planos com
preço preestabelecido, assim como no percentual de inadimplência de planos
coletivos, que também subiu 1%. Para planos individuais/familiares, percebe-se
aumento de dois pontos percentuais na comparação com janeiro de 2022.
Demandas
dos consumidores
Os
dados de fevereiro de 2022 mostram que houve redução de 11,1%, em comparação ao
mês anterior, no total de reclamações que foram passíveis de intermediação pelo
instrumento da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), com maior
predominância de temas de natureza assistencial. Quanto às demandas
relacionadas à Covid-19, houve queda também. Em fevereiro de 2022, a ANS
registrou 714 reclamações sobre o tema. Do total de queixas relacionadas ao
coronavírus, 60% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames
e tratamento para a doença. A intermediação de conflitos feita pela ANS, entre
consumidores e operadoras, tem resolvido mais de 90% dessas reclamações.
No
portal da reguladora, é possível acessar o monitoramento diário das demandas
sobre Covid-19.
Consulte o monitoramento diário das
demandas sobre Covid-19.
Sobre
os dados
Para
a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas
em uma amostra de 50 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Para os
índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 103 operadoras para o estudo
de fluxo de caixa e análise de inadimplência. Juntas, as operadoras
respondentes para esses grupos de informação compreendem 74% dos beneficiários
de planos de saúde médico-hospitalares. Adicionalmente, na construção do
boletim, foram utilizados dados do Documento de Informações Periódicas (DIOPS),
do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF) e o Sistema de Informação de
Beneficiários (SIB).
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