Seconci-SP oferece palestras nos canteiros de obras para
orientação e prevenção
Ter conhecimento e informações sobre
os prejuízos e malefícios do consumo de drogas lícitas e ilícitas é estratégico
para evitar a dependência das mesmas. A recomendação é de Flávia Lopes Augusto
Sampaio, supervisora do Serviço Social do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Nacional de
Combate às Drogas e Alcoolismo, em 20 de fevereiro.
A data foi criada justamente para
promover a conscientização sobre o tema e a importância da prevenção e do
tratamento da adição a essas drogas, doença crônica, porém tratável. Relatório
do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime informa que cerca de 275
milhões de pessoas no mundo usaram drogas em 2020 (aumento de 22% comparado a
2010) e 36 milhões sofreram de transtornos associados a esse consumo (em 2010,
foram 27 milhões de pessoas). No Brasil, um estudo da Universidade Federal do
Mato Grosso estimou que 30% de 3.633 entrevistados relataram aumento da
utilização de álcool e drogas na pandemia de Covid.
De acordo com Flávia, alguns fatores
são controláveis para evitar a dependência. Entre eles, estão: evitar o acesso
à droga, não permitir uma exposição precoce ou repetida à ela, e saber
enfrentar a pressão do grupo social que frequenta. Mas também há os fatores não
controláveis, como vulnerabilidade genética, doenças psiquiátricas,
fragilidades pessoais como compulsividade, além de fatores sociais, como viver
em um ambiente de violência.
Malefícios e prevenção
Com isso, avolumam-se os prejuízos.
No trabalho, a produtividade é reduzida, o absenteísmo e a possibilidade de
acidentes aumentam, e o relacionamento com os colegas se torna problemático. Na
família, crescem os conflitos, as separações, a violência doméstica e os
prejuízos financeiros, além do risco da codependência, quando a família também
se torna adicta. No campo social, perdem-se amigos, há isolamento social,
reduzem-se a crítica e os juízos de valores, surgindo propensão ao cometimento
de atos ilícitos.
Segundo Flávia, a prevenção pode ser
primária, oferecendo informações e conhecimentos para que a pessoa nem queira
experimentar as drogas. A prevenção secundária destina-se a evitar que o
consumo evolua para uma dependência maior. E a terciária é o tratamento
propriamente dito, que deve ser feito com a ajuda de equipe multidisciplinar
composta por psiquiatra, psicólogo, nutricionista e assistente social, como faz
o Seconci-SP.
Tratamentos também estão disponíveis
na rede pública estadual e municipal de saúde. Na capital paulista, há os
Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), o Centro de Referência de Álcool,
Tabaco e Outras Drogas (Cratod) e as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Estas
fornecem inclusive medicamentos para quem deseja parar de fumar.
Na construção civil
Flávia observa que a preocupação das
empresas da construção civil com a questão é permanente. Muitas delas solicitam
e o Seconci-SP oferece palestras nos canteiros de obras, sobre malefícios e
prevenção do consumo de álcool e drogas. De acordo com a assistente social, são
diversos os fatores que podem levar os trabalhadores da construção civil a
fazer uso de álcool, como, por exemplo, o estresse.
O Seconci-SP também mantém um grupo
social de apoio e orientação para tratamento ambulatorial à dependência
química, que se reúne uma vez por mês com a equipe de especialistas da
entidade. Flávia observa que o trabalho tem dado bons resultados, com a
diminuição do número de recaídas. O grupo é aberto a qualquer trabalhador de
empresa contribuinte à entidade, depois de passar por consulta médica.
Para solicitar palestras e outras informações: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br
ou (11) 3664-5844.
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