Após
quase dois anos de muita incerteza, temos visto o setor de foodservice, um dos
mais afetados pela crise pandêmica e econômica, se recuperar. Alguns dados
recentes divulgados por entidades do segmento mostram esse movimento e trazem
maior otimismo para a atividade neste ano. De acordo com a Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), pela primeira vez desde o início
da pandemia, estabelecimentos com lucro superaram os com prejuízo, entre
dezembro e janeiro. Outra pesquisa, realizada pela Associação
Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), aponta que, após cair 24% em 2020,
a participação do foodservice nas vendas da indústria de alimentos e bebidas
cresceu 26% em 2021, somando faturamento de R$ 176,3 bilhões. Com a
população vacinada e os os encontros em grupos com familiares e amigos voltando
gradualmente ao normal, o setor vive agora a expectativa de uma retomada mais
robusta, que ao mesmo tempo vem cheia de desafios.
No que
diz respeito ao atendimento em espaços físicos de bares e restaurantes, sem
dúvida, a tecnologia é uma das ferramentas mais indispensáveis para
empreendedores que pretendem conceder maior praticidade e segurança aos
frequentadores. Por isso, é necessário, mais do que nunca, digitalizar e
automatizar os serviços e operações. Além de ajudar a trazer mais eficiência e
personalização no atendimento e deixar o cliente mais confortável para escolher
o seu pedido e visualizar as promoções, a digitalização possibilita que os
estabelecimentos atuem com uma equipe um pouco mais enxuta, otimizando o atendimento
dos consumidores.
Para os
donos de bares e restaurantes, também é imprescindível estar atento às novas
tendências de vendas. Neste ano, o investimento em marketing digital para
atração e retenção dos clientes será tão importante quanto contratar um
contador para cuidar das atribuições fiscais e financeiras do negócio. Isso
porque a potencialização dos canais prioritários, realizada de forma
estratégica, pode ajudar a trazer tráfego ao estabelecimento, permitindo que o
empreendedor não se torne refém dos marketplaces.
Outro
ponto de extrema importância é o Customer Centric, que apesar de ser um termo
já batido, se torna novamente uma prática indispensável, até porque é preciso
sempre ouvir o consumidor, afinal, são eles quem fazem um negócio acontecer.
Portanto, entender as mudanças de comportamento é essencial para criar ações e
estratégias direcionadas a essas novas necessidades. Basicamente, hoje o
consumidor deseja ter boas experiências, quer ser atendido pelo canal onde tem
maior familiaridade (normalmente os digitais) e busca serviços ágeis e de
qualidade.
Além
disso, com os aumentos nos preços dos alimentos e bebidas nos
últimos meses, investir na engenharia do cardápio se torna fundamental para os
estabelecimentos reterem os clientes. Uma estratégia eficiente para não
repassar integralmente os custos da inflação aos clientes, é colocar força na
venda de itens do cardápio que tragam maior margem e repaginar outras opções no
menu, tornando-as mais rentáveis na operação.
Sem dúvida, os restaurantes que seguirem essas estratégias e incorporarem tecnologias como aliadas do negócio tendem a se sobressair e ganhar relevância no mercado. 2022 tem tudo para ser o ano da virada do foodservice.
Felipe Maia Lo Sardo - CEO da Goomer, startup que oferece soluções digitais para bares e restaurantes e tem a missão de apoiar o setor de foodservice em sua transformação digital. Engenheiro de Controle e Automação, há 7 anos fundou a Goomer com o propósito de ser o braço direito de tecnologia dos restaurantes no atendimento, vendas e relacionamento com os clientes.
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