Dados indicam crescimento da economia mundial neste ano.
O estudo global de
Perspectivas Econômicas 2022, da Mercer, aponta para a recuperação e
crescimento da economia mundial neste ano. De acordo com a pesquisa, a retomada
econômica se dará com foco no crescimento de renda, aumento do consumo e
pelos investimentos.
Outra tendência para 2022, que já vem dos últimos anos, é o ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), que continuará sendo debatido nos fóruns de decisão das empresas e mercados globais, sendo incorporadas por investidores em seus processos de seleção de ativos/fundos e que estão assumindo compromissos de longo prazo para tornar seus portfólios mais sustentáveis.
“A economia ainda não se recuperou por completo, após os impactos gerados pela Covid-19 e 2022 será o ano para completar esse trabalho de reparação ao redor do globo. Apesar de perspectivas otimistas, é preciso dar atenção especial à inflação, que continuará sendo um risco para as economias”, comenta Mauricio Martinelli, Líder de Investimentos da Mercer Brasil.
As recentes restrições
implementadas em muitas das grandes economias pesaram sobre o
crescimento global durante o primeiro trimestre de 2021, registrando um retorno
gradual da normalidade apenas com o início e intensificação da vacinação. Os
dados ressaltam que a reabertura econômica desencadeou uma enorme demanda
reprimida, culminando com uma forte retomada da atividade econômica, e que
parte desse ímpeto econômico tenha sido perdido no final do ano, devido a
interrupções na cadeia de suprimentos, preços elevados de energia e crescimento
mais fraco na China.
O cenário Brasileiro
Segundo expectativas do
mercado divulgadas no último Relatório Focus de dezembro de 2021, provavelmente
o Brasil se descolará das principais economias e deverá crescer 0,4%.
Desemprego ainda alto, inflação desacelerando, mas ainda prejudicando o poder
aquisitivo, e taxas de juros em níveis elevados devem comprometer o consumo e
prejudicar a tomada de crédito (também por parte das empresas),
corroborando o cenário de baixo crescimento.
“Para os mercados, apesar de podermos esperar um ambiente ainda muito volátil e do cenário de baixo crescimento, há espaço para a Bolsa de Valores se valorizar dado o nível descontado do fechamento de 2021, considerando que ao contrário das bolsas norte-americana e europeia que registraram ganhos de dois dígitos, o Ibovespa recuou 11,93% em 2021”, ressalta Martinelli.
Além disso, o especialista acredita que “na renda fixa, se o país não flertar com uma agenda de ruptura fiscal permanente, o que não parece ser o cenário base, as taxas de juros prefixadas e dos títulos atrelados à inflação podem vir a registrar bons ganhos, uma vez que se encontram em níveis estruturalmente altos”, finaliza.
Acesse o estudo completo em:https://www.mercer.com.br/our-thinking/wealth/economic-outlook-for-2022.html
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