Uso do produto diminuí dor em pacientes com mucosite, inflamação gerada pela quimioterapia e radioterapia, de acordo com pesquisa
Um estudo realizado em
pacientes oncológicos do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), em
Santa Catarina, demonstrou que o uso de fluído oral com liberação do oxigênio e
ausência de xilitol, álcool e mentol auxilia na redução da dor causada pela
mucosite, além de não causar efeitos colaterais comuns em outros tratamentos.
A doença é um dos
efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia de cabeça e pescoço e causa
uma reação inflamatória que afeta a mucosa do sistema gastrointestinal. Uma das
principais preocupações da mucosite em pacientes em terapia é que, com a sua
presença, o tempo médio de internação aumenta.
Redução nos níveis de
dor
A pesquisa foi baseada
nas dores que os pacientes sentiam na boca e garganta durante as últimas 24
horas do tratamento, que durou cinco dias. Foram analisados quatro tipos de
processos terapêuticos: fluído oral com liberação do oxigênio da marca blue®️m,
bochecho com nistatina (medicamento antifúngico), uso de aparelho de
laserterapia de baixa potência e placebo de laserterapia.
Os resultados
mostraram que o uso do fluido oral teve mais efeito contra a dor, uma vez que
os pacientes relataram a diminuição de 4,6 pontos na sensação de dor. Um número
muito superior aos demais, visto que o segundo lugar ficou com o uso de
nistatina, que registrou queda de 2,1 pontos de dor, seguido pelo aparelho de
laserterapia e placebo, que não tiveram resultados significativos.
O uso de fluido oral
também teve melhor resultado na realização das atividades diárias. O
pesquisador no estudo e cirurgião-dentista Leonardo Rosalen da Silva (CRO-SC
18624), conta que os bons resultados ocorrem porque o oxigênio liberado pelo
produto e o mel incluso nele estimulam a formação colágeno e a melhora das
feridas causadas pela mucosite. Além do cirurgião-dentista, a pesquisa também
foi conduzida por outros odontólogos, como a Mestre em Periodontia Soraia
Almeida Watanabe Imanishi; a Mestre em Odontologia Clínica, Léa Maria
Franceschi Dallanora; a Mestre em Odontologia Clínica Amanda Lopes; o PhD em
Implantodontia, Jaques Luiz; e a PhD em Periodontia, Flávia Sukekava
"Além dos
melhores resultados para os pacientes, a grande vantagem é que esse tratamento
é mais acessível quando comparado aos outros, tanto financeiramente quanto por
comodidade. Ele pode ser usado em casa, enquanto a laserterapia exige que o
paciente se desloque até o hospital", explica.
De acordo com Leonardo,
o fluído oral não gera os efeitos colaterais comuns à nistatina, "como
diarreia, náuseas e vômitos", salienta.
Como a pesquisa foi
realizada?
Inicialmente, 80
pacientes foram selecionados, mas os resultados foram alcançados a partir das
respostas de 76, porque somente eles cumpriram, integralmente, o processo
terapêutico apresentado pelos pesquisadores.
Foram analisados
quatro modelos de terapias e a divisão de pacientes por grupo aconteceu da
seguinte maneira: 20 para fluido oral com liberação do oxigênio da marca blue®️m,
18 para bochecho com nistatina, 19 para uso de aparelho de laserterapia de
baixa potência e 19 para placebo de laserterapia.
O estudo foi dividido
em duas partes: a primeira consistia em uma autoavaliação da dor que sentiram
na boca e na garganta durante o dia após o tratamento. Nela, deveriam dar uma
nota de 1 a 10 para a dor que vivenciaram, sendo nível 1 sem dor alguma e 10 a
maior dor possível.
A segunda etapa visava
determinar o quanto a dor estava impedindo de realizar tarefas normais do dia a
dia, como engolir, beber, comer, falar e dormir. Este tinha uma escala de 0 a
4: 0 = não limitado; 1 = pouco limitado; 2 = limitado; 3 = muito limitado; e 4
= incapaz de fazer.
Também conduziram o
estudo o cirurgião-dentista, Leonardo Rosalen da Silva; a MSc em Periodontia,
Soraia Almeida Watanabe Imanishi; a Mestre em Odontologia Clínica, Léa Maria
Franceschi Dallanora; o PhD em Implantodontia, Jaques Luiz; e a PhD em Periodontia,
Flávia Sukekava.
blue®️m
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