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sábado, 23 de outubro de 2021

Distúrbio de aprendizagem em matemática atinge cerca de 5 a 7 por cento da população infantil

Estatística aponta que em uma sala de aula com 25 alunos, pelo menos 1 criança é portadora da discalculia

 

A dificuldade em matemática nas salas de aula é um problema que assombra muitas crianças e jovens. Resolver os problemas de uma prova cheia de números é quase um pesadelo. Essa objeção pode estar atrelada a diversos fatores, como qualidade de ensino das escolas no Brasil, a falta de uma didática e materiais de estudos adequados e, muitas vezes, a fatores genéticos, como a discalculia, um distúrbio específico de aprendizagem de origem neurobiológica que afeta a aquisição de conhecimentos sobre os números e os cálculos.

No período de pandemia, esse fator foi evidenciado. Uma recente pesquisa desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo apontou que estudantes regrediram no aprendizado de português e matemática após um ano de homeschooling, devido a necessidade do isolamento social. Mesmo afetando outras ações cotidianas, como ler um relógio, a placa de um carro, memorizar números telefônicos e calcular um simples valor de compra, os professores tendem a ser os primeiros a identificarem o transtorno nas crianças. Mas, desde sempre, é importante que os pais também estejam atentos aos sinais.

Diante desse cenário, a Smartick, método de aprendizagem de matemática para crianças de 4 a 14 anos, que ensina a matéria em apenas 15 minutos por dia, em conjunto com especialistas das Universidades espanholas de Málaga e Valladolid, desenvolveu um teste online e gratuito para detectar o risco de discalculia nas crianças. A prova, que é realizada a partir de um tablet ou computador, tem duração aproximada de 15 minutos e é composta por exercícios relacionados às três principais áreas do aprendizado matemático: comparação, aritmética e reconhecimento de quantidade, algarismos e numeração. O material foi elaborado com a participação de 800 alunos em diferentes áreas da Espanha para a sua validação.

Ao realizar o teste, os pais e professores recebem um relatório com o risco de discalculia, os pontos fortes e de atenção em cada uma das áreas avaliadas. De acordo com o resultado é recomendável que os pais e/ou responsáveis procurem um profissional para uma avaliação completa, que inclui testes psicológicos de inteligência, atenção e leitura. "As crianças com discalculia precisam de um treinamento diário adaptado, baseado em uma compreensão profunda de conceitos e procedimentos. Os exercícios e atividades do plano de estudos personalizado que propomos no método podem ajudar muito os alunos com estas dificuldades", explica Javier Arroyo, cofundador da Smartick.

A discalculia afeta de 5 a 7% da população. O ideal é diagnosticar o mais cedo possível, de preferência ainda quando criança, entre os 6 e 8 anos de idade. Uma criança que não é precocemente diagnosticada com o distúrbio provavelmente receberá rótulos e tratamentos diferenciados, seja na escola, entre os colegas, ou até mesmo em casa. "Isso tem duas consequências claras: no nível acadêmico, a criança desenvolverá uma aversão a matemática, o que agrava o problema; enquanto a nível psicológico, ocorre uma perda da autoestima, sentimento de incapacidade, o desenvolvimento de ansiedade antes de ir a escola. Esse custo pessoal pode acabar tendo um grande impacto no seu desempenho no restante das disciplinas", conclui Javier.

O método Smartick é adaptado também para crianças que têm este e outros distúrbios de aprendizagem, como dislexia e TDAH. O aplicativo pode ser baixado pela loja de aplicativos do tablet ou de forma online pelo próprio site, para as crianças que usarão pelo computador.

 

Smartick

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