Atenção especial no atendimento do varejo deve ser incluída nas obrigações das empresas
Realidade vivida em
todo mundo, a população está cada vez mais idosa. De acordo com estimativas da
Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de pessoas com idade superior
aos 60 anos será de 2 bilhões até 2050.
O Brasil, até 2016,
conforme o Ministério da Saúde, era o quinto país no ranking de maior população
idosa do mundo e previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE) indica que o número de pessoas na terceira idade em 2030, ultrapassará o
total de crianças entre zero e 14 anos.
Não é à toa que neste
Dia Nacional do Idoso, comemorado no dia 1º de outubro, políticas públicas e
privadas para melhorar a qualidade de vida nestas faixas etárias (a partir dos
60+) são reforçadas.
São desafios que não
foram resolvidos no país, dentre eles, o incentivo e ampliação do mercado de
trabalho para as pessoas acima de 60 anos, melhores condições nas redes de
cuidados e a redução do preconceito, inclusão social e melhor acessibilidade
para este público.
Alternativas simples
que podem ser colocadas em prática auxiliam as pessoas de idade mais avançada
em tarefas simples do dia-a-dia, como fazer compras, por exemplo.
Com o passar dos anos,
as pessoas ganham mais experiência e também podem ter certas dificuldades. O
envelhecimento pesa para muitos na locomoção, os sentidos - audição, paladar,
visão, tato, olfato - podem sofrer alterações.
De acordo com a
Sociedade Brasileira de Geriatria, pesquisadores da Universidade de Chicago
realizaram um estudo de base populacional de adultos com idade entre 57 e 85
anos e coletaram informações sobre os sentidos dos participantes. Dentre as
conclusões estão que 94% dos acompanhados experimentaram perda de pelo menos um
dos seus sentidos, 67% tinham duas ou mais perdas sensoriais.
Portanto, atividades
comuns na rotina das pessoas com 60+ se tornam mais difíceis, muitas vezes. É,
com base nesta sensibilidade de proporcionar mais cuidado, mais acessibilidade
ao público idoso, que a Inclue - startup voltada para melhor experiência no
varejo para pessoas com deficiência e da terceira idade - visa promover a
capacitação das lojas e profissionais do setor para o melhor atendimento e
garantir ao público específico o agendamento de dia e horário no
estabelecimento comercial.
A tecnologia também é
aliada, já que é possível garantir esse atendimento exclusivo por meio de um
aplicativo para smartphones de forma descomplicada.
"Um olhar com
mais carinho, um cuidado na hora de apresentar os produtos. A ajuda para
carregá-los, o apoio para ler e apresentar os preços em prateleiras, a forma
correta de atender os idosos e também o público PCD", detalha o objetivo
da Inclue, Rodrigo Piris, sócio proprietário da startup.
"É preciso cobrar
políticas públicas de melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa, mas é
também fundamental que o setor privado invista em ações, em capacitações para o
melhor atender as pessoas. Afinal de contas, todos nós envelhecemos e como
queremos ser atendidos quando tivermos mais idade?", conclui Sonny Pólito,
sócio proprietário da Inclue.
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