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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Desvio de septo: crianças devem ser operadas?

Divulgação / MF Press Global


Dr. Edson Freitas, otorrinolaringologista, tira dúvidas e explica o melhor momento para realizar a operação corretiva.

 

O septo nasal é a estrutura que separa as duas narinas. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CFF), o desvio de septo, ou seja, quando essa estrutura não é reta, pode afetar até 90% da população. Porém, a cirurgia corretiva só é necessária quando o problema causa algum prejuízo.

 Os sintomas mais comuns podem incluir a facilidade de congestão nasal, dificuldade de respirar, sangramentos nasais, dores de cabeça ou faciais, ronco excessivo e má qualidade de sono. O septo é formado por osso, cartilagem e mucosas, as alterações podem ser congênitas ou se manifestarem durante o desenvolvimento dos ossos da face. 

Muitas pessoas somente percebem as dificuldades causadas pelo desvio quando apresentam algum quadro gripal ou de rinite. O problema também pode ser agravado com o passar dos anos pelo amadurecimento das estruturas ósseas. Por isso, em muitos casos, a cirurgia de correção é recomendada pelos médicos.


Como a condição pode ser agravada com a idade, é comum se perguntar se a idade ideal para a operação não seria durante a infância. Porém, de acordo com o otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas, a cirurgia só deve ser realizada quando os seios paranasais estiverem completamente formados. “São órgãos da parte interna do rosto e eles vão se desenvolver totalmente entre 15 e 16 anos”, aconselha o médico.

 

A septoplastia é realizada por meio de um corte no nariz para descolar a pele que o reveste e possibilitar a retirada do excesso de cartilagem ou de parte da estrutura óssea. A operação dura em média 2 horas e o paciente recebe alta no mesmo dia.

 

 

Dr. Edson Freitas - médico Otorrinolaringologista pela Universidade de São Paulo, atua como professor instrutor de rinoplastia no Departamento de Otorrino da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e é membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial. Além da especialização na Universidade de São Paulo, também tem passagem por Cambridge, onde teve oportunidade de aprender diretamente com os principais cirurgiões plásticos faciais da mais prestigiada universidade dos Estados Unidos, a Havard Medical School. Referência na cirurgia plástica no nariz, o médico é pioneiro em impressão 3D médica e simulação computadorizada cirúrgica, assim como tem seus trabalhos premiados, com destaque nacional e internacional. É autor de três projetos médicos patenteados (M-scope, Otobone e Ed-angle).

 

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