Queren Azevedo,
consultora da GUM, indica como a ausência de uma boa higienização da região
pode impactar na cavidade oral
Quando se pensa em saúde bucal, logo se
associa esse tema aos cuidados com os dentes. No entanto, apesar da importância
de investir em uma rotina eficiente de higienização do sorriso, existe outra
parte da cavidade oral que necessita de atenção especial: a língua. "A
boca toda é utilizada para a ingestão dos alimentos. A partir disso, é comum
que os resíduos se acumulem em várias regiões após as refeições. Então, caso a
língua também não seja limpa de forma adequada, com o passar do tempo, pode ser
formar uma massinha de coloração branca ou amarelada em sua superfície, que
costuma originar, entre outros problemas, o mau hálito", explica Queren
Azevedo, consultora da GUM
, marca americana de cuidados bucais.
A especialista informa que essa camada
que se forma se chama saburra lingual e é um processo natural do corpo, formado
a partir da diminuição da salivação e do acúmulo de células mortas e
microrganismos, que, em conjunto, geram uma condição propícia para a formação
de placas bacterianas. "A sua origem está associada à uma má higiene oral,
mas também pode ser ocasionada por outros problemas, como desequilíbrios no
trato gastrointestinal e até mesmo doenças hepáticas ou renais", comenta.
Se a causa for devido a uma limpeza
ineficiente da língua, Queren ressalta que, para eliminar a saburra lingual,
executar uma boa higienização da região é o principal passo. "É indicado
que seja feita com uma escova de dentes de cerdas macias e pasta de dente com
flúor e enxaguante bucal", sugere. Além desses itens, uma outra
recomendação é o investimento em um raspador de língua, responsável por
facilitar a remoção dessa massa que fica na superfície do órgão. Quanto à
frequência, a especialista destaca que deve ocorrer no mínimo 3 vezes ao dia, junto
com a escovação dos dentes.
A consultora enfatiza que a ausência
desse processo pode facilitar o desenvolvimento de gengivite ou periodontite,
duas complicações que surgem a partir da inflamação da gengiva. "Nos casos
mais graves, os microrganismos presentes na saburra podem chegar à orofaringe e
se espalhar para outros locais do corpo com mais facilidade, podendo trazer
graves complicações", esclarece.
Queren destaca que o consumo excessivo
de doces também contribui para a rápida proliferação das bactérias na boca.
Sendo assim, o ideal é que esse alimento seja evitado. "Em contrapartida,
as fibras auxiliam na autolimpeza dos dentes, evitando assim a formação de
placas bacterianas. Cálcio e vitamina C também são elementos benéficos, já que
atuam na fortificação dos dentes e na proteção da gengiva", diz. O consumo
regular de água é outro fator para evitar a formação de placas, além de ser
auxiliar na produção de saliva.
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