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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Médico especialista em reprodução humana desmistifica a testosterona feminina e explica como o hormônio está também associado à gravidez

A testosterona é o hormônio responsável por manter a libido e controlar o desejo sexual, favorecendo as chances de reprodução, segundo explica Dr. Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo

 

Apesar de ser conhecida por "comandar" o corpo masculino, a testosterona também está presente no organismo da mulher e é essencial para regular as funções biológicas e auxiliar no processo de gravidez. E, se há um desequilíbrio hormonal e os níveis oscilam para cima ou para baixo, pode haver riscos à saúde da mulher. 

A testosterona é um hormônio esteroide produzido em maior quantidade no homem, razão pela qual se explicam características típicas masculinas. Porém, a testosterona feminina também é importantíssima nas mulheres, apesar delas produzirem 20 a 30 vezes menos do que os homens. 

"Na mulher, os hormônios androgênicos (masculinos) que formam a testosterona, diminuem gradativamente em idade reprodutiva, não havendo diminuição após a menopausa. Desta forma, o declínio do hormônio gera um estado de deficiência que pode se manifestar com a diminuição da função sexual, falta de energia, perda de massa magra, ganho de gordura e perda de massa óssea. O desequilíbrio da testosterona feminina pode ter consequências sérias, tanto físicas como mentais, prejudicando a saúde da mulher", explica o médico especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo.

O especialista detalha mais informações sobre o hormônio e explica como ele é produzido na mulher.
 

"O organismo feminino é capaz de produzir androgênios a partir das glândulas suprarrenais, ovários e também da conversão periférica de precursores androgênicos (tecido adiposo). Desta forma, a testosterona feminina pode agir diretamente nas células ou ser convertida, de forma limitada, em um composto mais potente como a di-hidrotestosterona (DHT) ou ainda em estrogênios", pontua. 

No período pré-menopausa, a testosterona nas mulheres é produzida da seguinte forma: 25% pelos ovários (estimulados pelo LH - hormônio da hipófise); 25% pelas glândulas suprarrenais ou adrenais; 50% pela conversão periférica da androstenediona e da DHEA. Após a menopausa a produção total de testosterona cai drasticamente, mas continua sendo produzida em menor quantidade.

 

Qual é o nível ideal de testosterona feminina?

Mesmo que a quantidade de testosterona produzida pela mulher seja pequena, todas as funções são executadas normalmente. Portanto, tomar testosterona para melhorar a performance na academia ou ficar mais disposta para o dia a dia é um erro. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o uso do hormônio só é recomendado em casos de mulheres na pós-menopausa com Síndrome da Excitação e Desejo Sexual Hipoativo. O diagnóstico é feito a partir de sintomas como redução significativa de interesse sexual, falta de iniciativa sexual ou recusa da iniciativa do(a) parceiro(a), redução de excitação durante o ato sexual e redução da sensação de prazer na região genital. 

Além do diagnóstico clínico, o médico também pode avaliar a presença do hormônio em exames de sangue. Desta forma, normalmente são solicitados testes de dosagem da testosterona livre e da testosterona total. A testosterona livre representa a concentração de testosterona que está disponível no organismo, podendo ser absorvida para que exerça sua função no organismo, e corresponde a 2 a 3% da testosterona total. 

Os valores normais de testosterona total no sangue podem variar de acordo com a idade da pessoa e o laboratório em que o exame é realizado. Contudo, especificamente, nos casos das mulheres, os valores de referência da testosterona livre no sangue estão relacionados com a idade e a fase do ciclo menstrual. 

A testosterona é o hormônio responsável por manter a libido e controlar o desejo sexual, por isso seus níveis sobem nos dias prévios à ovulação, favorecendo as chances de gravidez. 

As mulheres produzem testosterona feminina através dos ovários. Mas se eles estiverem altos, podem ser um obstáculo para a gravidez, pois podem bloquear a ovulação da mulher e até gerar aborto de repetição. 

O uso da testosterona pode ser feito em tratamentos de reprodução assistida. Alguns estudos sugerem que o uso em pacientes com baixa reserva ovariana melhora a quantidade de oócitos coletados durante a punção na Fertilização In Vitro.

 


Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

Endereço: Av. Brasil, 1150 - Jardim América - São Paulo - SP, 01430-001

Telefone: (11) 3060-4750

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