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segunda-feira, 10 de maio de 2021

As consequências e impactos da respiração incorreta na saúde bucal

Crianças e adultos que respiram pela boca podem ter complicações


Muitas pessoas desconhecem que fatores externos podem afetar a saúde bucal, entre eles o modo como respiramos. Respirar pela boca pode causar muitas alterações no organismo, pois o ar não é filtrado e nem adequado à temperatura corporal.

Esse hábito pode ocasionar rinites e infecções recorrentes, promovendo ressecamento da mucosa oral, gengival e até mesmo cárie, como alerta a Câmara Técnica de Ortopedia Funcional dos Maxilares do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), presidida pela cirurgiã-dentista Renata Orsi.

A profissional destaca que crianças que respiram mais pela boca do que pelo nariz podem ter a arcada dentária alterada e até mesmo ter o formato do rosto e postura diferenciados. Isso é comum de acontecer.  A diminuição de saliva também pode favorecer a proliferação dos microorganismos presentes na boca e causar doença gengival e halitose.

"A boca não foi feita para respirar. A respiração oral certamente provoca dificuldade na deglutição e mastigação pela alteração da posição da língua, que participa exageradamente destes processos alterando a configuração da boca”, explica Renata. Ela garante que esse problema deve ser tratado com atenção.

Entre as soluções estão remover os maus hábitos do dia-dia, ter uma mastigação bilateral e alternada e, quando indicado, realizar tratamentos ortopédicos, atuando diretamente nas alterações promovidas pela respiração nas estruturas faciais e bucais. 

Alguns outros problemas podem ser desencadeados devido à respiração pela boca, como ronco e apneia, já que a entrada do ar é prejudicada quando a pessoa deita.

Além disso, o chamado respirador bucal (indivíduo que respira pela boca) costuma ter alteração na postura corporal e isso pode gerar dor nas costas. Nesse contexto, a cirurgiã-dentista ressalta que pode ser importante encaminhar o paciente com esse distúrbio para especialistas como otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, pediatras e alergistas.

“É preciso ficar atento e procurar orientação de profissionais capacitados para solucionar e modificar esse hábito”, conclui a integrante do CROSP.

 

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