O que é isso?
Quais os riscos? É grave? Como posso ajudar o meu bebê? Como a fisioterapia
respiratória por ajudar nesse processo?
Normalmente os pais ficam um pouco assustados
quando se deparam com o primeiro quadro de bronquiolite nos filhos.
Para ajudar papais e mamães, a fisioterapeuta
respiratória Aline Lacerda, que também é especialista em pediatria e
neonatologia, preparou um conteúdo pelo qual explica de forma breve sobre a
bronquiolite viral aguda e quais são os cuidados que os pais podem adotar nesse
momento.
A bronquiolite ocorre quando a criança entra
em contato com alguns tipos de vírus. Normalmente esses vírus se alojam na
região do bronquíolo, que são ramificações bem pequenas das nossas vias
respiratórias e são responsáveis em distribuir o ar para os pulmões.
Na maioria das vezes, em até 80% dos casos, isso
acontece pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Outros vírus também podem causar
este quadro tais como: adenovírus, vírus parainfluenza, vírus influenza,
rinovírus, entre outros.
O quadro clínico inicial assemelha-se a um
resfriado comum com obstrução nasal, febre baixa, coriza clara, tosse,
irritabilidade e até mesmo recusa das mamadas. No entanto, dependendo da
intensidade da inflamação e da obstrução nos bronquíolos, a bronquiolite pode
evoluir em um ou dois dias com dificuldade para respirar (cansaço), respiração
mais rápida e sibilância (chiado no peito).
É muito importante os pais estarem atentos aos
sinais de alerta, pois serão esses sinais que mostrarão o quanto o bebê está
fazendo de esforço para respirar.
Quanto à transmissão, ela ocorre através do contato
com gotículas contaminadas. Se alguém contaminado tocar os olhos, a boca ou
nariz de uma criança, o vírus pode infectá-la. Adultos infectados podem
transmitir para a criança e para outros adultos, embora os sintomas nos adultos
sejam diferentes.
Diante disso, crianças com bronquiolite ou com
algum sintoma respiratório devem evitar contato com outras crianças, além de se
manterem ausentes das atividades escolares enquanto estiverem com sintomas.
Na maioria dos casos a evolução é boa. A maior
parte das intervenções pode ser feita em casa, com acompanhamento do pediatra e
com os cuidados necessários para manter a hidratação e a nutrição em níveis
adequados, conforme a SBP.
Por se tratar de uma condição secretiva em uma via
respiratória de tamanho muito pequeno, muitas vezes a criança não consegue
eliminar a secreção sozinha. A fisioterapia respiratória não só auxilia no
manejo da secreção e monitorização do padrão respiratório, como também
acompanha atentamente a evolução da ausculta pulmonar além de proporcionar
alívio da condição secretiva, refletindo positivamente na melhora da qualidade
do sono, alimentação e até mesmo no humor da criança.
É importante sempre conversar com seu médico logo
nos primeiros sintomas, pois certamente ele irá auxiliar com todas as
intervenções necessárias para o alívio dos sintomas do bebê, até que ele entre
na curva de melhora.
Aline Lacerda - fisioterapeuta respiratória,
especialista em pediatria e neonatologia, Bacharel em Fisioterapia, pela
Universidade Ítalo Brasileira (Uniítalo), Pós-Graduada em Fisioterapia
Cardiorespiratória Infantil e adulto pelo Hospital da Criança (HC) e Hospital
Nossa Senhora de Lourdes (HNSL), membro da Canadian Physiotherapy Association,
American Thoracic Society (ATS) e European Respiratory Society (ERS).
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