Coronavírus e seu impacto econômico no Brasil

Renatta Gomes é consultora financeira e fala sobre o avanço da epidemia do Coronavírus pelo mundo, e como esse vírus tem provocado abalos nos mercados globais e elevadas preocupações, tanto de investidores quanto nos governos.

“Esse impacto nas cadeias globais de suprimentos dos lucros das empresas e nas atividades econômicas, aumenta ainda mais o risco de uma recessão global. Temos acompanhado nos últimos meses que o Coronavírus se espalhou por todos os continentes colocando regiões inteiras em quarentena e provocando o fechando de fábricas, comércios, suspensão de aulas, além de cancelamentos de viagens e eventos em diversos países.

Esse processo desacelera a economia Brasileira, um exemplo disso: bolsas estão sendo abaladas pelo mundo. As preocupações em torno do vírus, que tem pesado nas revisões para baixo, nas projeções para o crescimento Brasileiro em 2020.

O mercado Brasileiro reduziu em pelo menos 2%  a previsão da alta do PIB em 2020, segundo a última pesquisa do FOCUS no Banco Central, porém,  diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento mais próximo de 1,5% e passaram a projetar também mais cortes na taxa de juros.

Na verdade, a economia pode provocar comportamentos precaucionais na população, como a diminuição nas viagens, redução de jornadas de trabalho ou ainda, até a adoção do sistema de home office, onde o ministério já avaliou isso em boletim.

Os choques da economia Chinesa, geralmente afetam também o Brasil, porque vale lembrar, que a China é o destino de quase 30% de tudo que o Brasil exporta atualmente, além de importante comprador de commodities Brasileiros como o minério de ferro e soja. O País Asiático também tem um papel relevante, como fornecedor para a indústria local, especialmente de produtos eletrônicos, já existindo relatos de falta de peças, para montagem de produtos, em razão da interrupção da produção e redução dos retoques no país.

 
Portanto, o  Coronavírus tem provocado impacto bastante relevante no mercado de ações e no câmbio, prova disso é o dólar, que  já superou o patamar de R$ 4,70 e a alta do ano já passa de 16%. A  BOVESPA perdeu o patamar de 100 mil pontos e já acumula queda de cerca de mais de 20% em 2020. Então, em meio a essa turbulência, o Banco Central já sinalizou a possibilidade de uma nova redução na taxa de juros (atualmente em 4.25%) devido as produções suspensas em fábricas do Brasil.

 
Essa dúvida entre a melhora ou aumento dessa epidemia, gera-se então, o medo da recessão global se confirmar, impactando diretamente na produção e cresciemnto do PIB na economia Brasileira.

 
Mesmo o momento sendo de pânico e delicado, devemos aguardar e sermos confiantes”.