O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre a população, depois
do de pele não melanoma, e corresponde a cerca de 25% dos casos novos a cada
ano. Mais especificamente no Brasil, esse percentual sobe para 29%. Quando
descoberto em seu estágio inicial, as chances de cura chegam a 95%,
por isso, ressalta-se a importância do diagnóstico precoce. E o principal
método de rastreamento para a detecção da doença ainda não-palpável
clinicamente (com menos de 1 cm) é a mamografia.
Uma questão levantada recentemente foi sobre quando iniciar as
mamografias periódicas, já que segundo um novo estudo
brasileiro, denominado pesquisa Amazona III, feito com quase 3 mil
mulheres, mostra que 43% delas tinham idade inferior a 50 anos no momento do
diagnóstico. Das que tinham menos de 40 anos, 36,9% estavam no estágio 3 da
doença, considerado localmente avançado, e 34,8% das participantes do
estudo tinham entre 36 e 50 anos no momento do diagnóstico.
“É muito importante para a saúde das mulheres que, a partir dos 40
anos, elas realizem a mamografia pelo menos uma vez por
ano. Todos os outros exames, como ultrassom e ressonância, são
considerados exames complementares, pois ela é a principal forma de
rastreamento”, explica o mastologista pela Unifesp e membro titular da Sociedade
Brasileira de Mastologia, Dr. Rogério Fenile.
Entretanto, realizar o exame no Brasil não é uma tarefa fácil. Dados da
Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) apontam que apenas
21,8% dos 5.570 municípios brasileiros possuem um mamógrafo disponível para a
população.
A mamografia é um exame de radiografia das mamas feito por um mamógrafo,
capaz de identificar alterações suspeitas e ajudar a identificar o câncer antes
do surgimento dos sintomas ou que se torne palpável. “Ela permite
surpreender o tumor antes mesmo que ele cause maiores danos à saúde da mulher.
No caso de uma paciente que já superou a doença, ela é um método de
acompanhamento e controle pós-tratamento”, ressalta Dr. Fenile.
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