Entenda porque
Campinas, São Paulo e Curitiba merecem esse título
Cidades inteligentes estão ganhando cada vez mais
visibilidade no País. A preocupação em unir gestão municipal com tecnologia
para melhorar a infraestrutura e qualidade de vida virou, inclusive, pauta do
Senado: recentemente, foi solicitada uma audiência pública para discutir a
implantação de cidades inteligentes no Brasil e apurar os programas do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para esse
fim.
A última edição do Ranking Connected Smart Cities,
de 2019, avaliou 700 cidades brasileiras, levando em consideração 70
indicadores distribuídos nos eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente,
energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo
e governança. Campinas (SP) conquistou o primeiro lugar geral, seguida por São
Paulo (SP) e Curitiba (PR), respectivamente.
A maior cidade do interior paulista destaca-se,
principalmente, no quesito economia, com independência do setor público, uma vez
que 94,5% dos empregos formais não estão na administração pública. Também, em
tecnologia e inovação: Campinas conta com cinco parques tecnológicos e cinco
incubadoras de empresas, e apresenta 4,9% de crescimento do número de entidades
de tecnologia, mesmo em período de crise econômica.
Na capital paranaense, a tecnologia da informação e
comunicação também é muito explorada. Os aplicativos desenvolvidos pelo
Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), como Saúde Já, Curitiba 156, Curitiba
App e Nota Curitibana, aproximam a população da gestão pública e aumentam a
participação cidadã. O assessor de mercado do ICI, Amilto Francisquevis, avalia
a importância da tecnologia na transformação das cidades. “Hoje, é possível
mudar os padrões, as formas de se fazer negócio e os próprios negócios em si”,
explica. Segundo ele, cidades inteligentes devem ser criativas, sustentáveis,
fazendo uso da tecnologia para criar soluções com foco principal no
cidadão.
Os 2,82 km de modais de transporte coletivo de
massa e 3,87 km de ciclovia para cada 100 mil habitantes fazem da grande São
Paulo uma referência em mobilidade urbana. Apesar de famosa pelo trânsito, a
cidade chama a atenção por oferecer opções mais amigáveis ecologicamente. Além
disso, o transporte rodoviário interestadual tem ramificação para quase 700
destinos.
Campinas também figura entre as cidades com maior
índice de mobilidade: está aumentando os investimentos em veículos elétricos e
na mobilidade sustentável. O município conta com mais de dez ônibus e três táxis
elétricos, além de ter dez eletropostos, que são pontos de recarga para
veículos elétricos.
No quesito urbanismo, o destaque vai para Curitiba.
A cidade possui 100% de atendimento urbano de água e de esgoto, e toda a
população (urbana) vive em área de médio e alto adensamento. O investimento da
capital paranaense em urbanismo chega a R$ 602,60 por habitante.
Para o assessor de mercado do ICI, Amilto
Francisquevis, o uso da tecnologia abre portas para a integração. “Uma cidade
inteligente não olha para os setores de maneira isolada. Todos fazem parte de
um ecossistema integrado que afeta o dia a dia do cidadão”, avalia. O processo
para tornar as cidades mais inteligentes é gradativo e exige colaboração não só
da gestão pública, mas também dos próprios cidadãos. “É importante listar os
potenciais da cidade, bem como suas características, e pensar em soluções que
atendam a realidade e a necessidade de todos”, completa.
Sobre o ICI
O ICI – Instituto das Cidades Inteligentes é uma
organização criada em 1998, com atuação em todo o território nacional,
referência em pesquisa, integração, desenvolvimento e implementação de soluções
completas de TIC para a gestão pública. Mais informações: www.ici.curitiba.org.br
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