Especialista dá dicas para conseguir
driblar as pegadinhas das promoções que irão tomar conta do mundo nesta
sexta-feira
Com
as datas comemorativas chegando e muitas pessoas para presentear, nada como
economizar um pouquinho na hora das compras. A global
Black Friday chegou ao Brasil em 2011 e é uma das
maiores datas promocionais de movimentação do comércio brasileiro. A ação
acontece sempre na última sexta-feira de novembro, que neste ano cai no dia 29,
e conta com a adesão de empreendimentos físicos e virtuais, por conta do
incentivo da data.
De acordo com o E-commerce Brasil, o crescimento no volume de
vendas nesta mesma época de 2019 foi de 15%, número motivado pela expectativa
positiva do cenário econômico e pela retomada
da confiabilidade dos empresários e consumidores. Para este ano, o número tende
a aumentar. Entretanto, embora seja uma ótima oportunidade de garantir alguns
produtos por um peço melhor, também é o momento em que o consumidor pode ser
enganado de diversas formas.
Após a novidade ser trazida para o país, já começou a se falar nas
Black Fraudes ou nas promoções de “tudo pela metade do dobro”. Por isso, o
economista e professor do ISAE Escola de Negócios, Pedro Salanek, separou
algumas dicas importantes para quem quer aproveitar o momento sem ser pego
pelos falsos descontos e links enganosos.
De acordo com Pedro, toda compra deveria ser realizada apenas após
um planejamento prévio, para que não haja nenhum problema. “Ao invés de se
deixar levar pela empolgação do dia da compra, o ideal seria fazer uma pesquisa
de valores dos produtos que estão na lista de compras, para que haja um
comparativo na hora de efetivar o pagamento”, explica. “O imediatismo seduz o
cliente e faz com que ele acabe sendo enganado, tanto com valores quanto com
golpes virtuais de roubo de dados”,
complementa o especialista.
Outro ponto importante é redobrar o cuidado com ambientes
virtuais, que hoje compõe a maior parte das escolhas de compra dos
consumidores. Buscar sempre sites oficiais, com boas avaliações, empresas
conhecidas e, de preferência, com indicações de garantia da entrega e da
confiabilidade do produto no que diz respeito a qualidade. “Para que o cliente
não fique sujeito a riscos de vírus por links suspeitos, que acabam levando
dados pessoais importantes e causando prejuízos financeiros, instalar um bom
antivírus no computador também pode ser uma alternativa”, aconselha o
economista.
Avaliar bem as ofertas e sempre desconfiar de descontos atrativos
demais, que saem da realidade dos valores convencionais, é essencial para
driblar as pegadinhas. O encanto da super promoção muitas vezes leva o cliente
a não perceber a diferença absurda dos preços. Além disso, manter o foco
somente nos produtos que deseja obter é a principalmente dica. “Comprar apenas
pelo impulso também faz com que o consumidor acabe adquirindo muitas coisas
supérfluas e gastando além do que deveria ou poderia. Citando Warren Edward
Buffett, investidor e filantropo americano, preço é o que você paga e valor é o
que você leva. Ou seja, não é só porque está barato que a compra realmente
valha a pena”, conclui.
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