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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Câncer Ósseo O diagnóstico precoce é fundamental para combater o osteossarcoma


O osteossarcoma é um câncer ósseo que representa aproximadamente 55% de todos os tumores ósseos primários na população adolescente, abaixo dos 20 anos de idade.

O oncologista pediatra e presidente da TUCCA,
Dr. Sidnei Epelman, especialista no tratamento deste tipo de tumor,
foi o editor da primeira obra lançada no Brasil sobre câncer na adolescência.


O osteossarcoma (um câncer ósseo) que representa aproximadamente 55% de todos os tumores ósseos primários na população abaixo dos 20 anos de idade é mais comum em meninos e tem um pico de incidência entre 10 e 19 anos de vida.

Várias observações sugerem a associação entre a velocidade de crescimento do esqueleto e o osteossarcoma, primeiro porque os pacientes tendem a ser mais altos quando comparados àqueles sem a doença e, segundo, esse tumor se desenvolve mais precocemente nas meninas do que nos meninos, uma vez que a puberdade ocorre mais cedo no sexo feminino. O osteossarcoma se apresenta mais comumente ao redor do joelho e no úmero proximal.

Em 99% dos casos, o primeiro sintoma é dor persistente, que não melhora com tratamento convencional. Muitas vezes, o paciente acorda à noite com dor, que além de persistente, limita os movimentos e altera seu comportamento. 

O diagnóstico precoce é fundamental para a escolha do tratamento mais adequado, visando conservar o membro afetado, evitar a amputação e o desenvolvimento de metástases, assim como aumentar as chances de cura. Sabe-se que o Sistema de Saúde no país não está preparado para atender adolescentes, o que pode atrasar o diagnóstico da doença.

O Hospital Santa Marcelina, em parceria com a TUCCA, é um centro de referência para o tratamento deste tipo de tumor e conta com uma equipe multidisciplinar altamente treinada que assiste o paciente em todas as suas necessidades, do diagnóstico e tratamento até a reabilitação. 

Segundo Dr. Sidnei Epelman, especialista no tratamento deste tipo de tumor, a idade do paciente está relacionada com a sobrevida. O estádio do tumor, a presença de metástases ou recidiva local, o tratamento quimioterápico, o local primário, o tamanho do tumor e a porcentagem de células destruídas pela quimioterapia neoadjuvante foram considerados como importantes fatores para se obter melhores índices de cura.

Dr. Epelman foi o editor da primeira obra lançada no Brasil sobre câncer da adolescência. A obra "Oncologia no Adolescente" (lançada em 2015), traz uma atualização dos diversos tipos de câncer próprios da adolescência, sua incidência e os tratamentos mais indicados para cada tipo da doença.

De acordo com o especialista, o material é de suma importância, pois ressalta a diferença substancial entre o tratamento da criança e do adolescente com câncer. "O progresso no tratamento da criança com câncer foi um dos mais significativos da história da medicina. Por outro lado, o mesmo não ocorreu entre os adolescentes e adultos jovens. Entre os vários motivos para essa realidade, estão os investimentos no tratamento da doença em crianças, que ainda são superiores", revela.

Para se ter uma ideia, a incidência de casos de câncer em adolescentes entre 15 e 19 anos é 50% maior que em crianças menores de 15 anos. E, ainda assim, os investimentos para o tratamento da doença na maior faixa etária são inferiores.

“Oncologia no Adolescente" tem contribuição de alguns dos profissionais mais respeitados da área no Brasil e no mundo. O professor Emérito do Departamento Pediátrico do MD Anderson Cancer Center (localizado na Universidade do Texas, nos Estados Unidos), Norman Jaffe; e o diretor de pesquisa clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Carlos Gil, são algumas das referências em oncologia que emprestaram seu conhecimento à obra. O livro faz parte da série Câncer e é distribuído pela editora Atheneu.





Dr. Sidnei Epelman - oncologista pediatra, diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e coordena os grupos cooperativos para tratamento dos tumores cerebrais da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). É fundador e presidente da TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer e também ocupa a presidência, na América Latina, da Rede Internacional para Tratamento e Pesquisa do Câncer (INCTR, na sigla em inglês) atuando na coordenação de programas em Oncologia Pediátrica e Cuidados Paliativos no mundo e na gestão de pesquisas clínicas em oncologia. Além de seus vários trabalhos premiados no Brasil e no exterior e sua participação em dezenas de congressos, encontros e simpósios, é editor do livro Oncologia no Adolescente, lançado em 2015.


TUCCA

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