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sábado, 31 de agosto de 2019

Como você lida com as críticas no relacionamento?

 Divulgação


A forma como reagimos às críticas dos nossos parceiros diz muito sobre nós, sobre a nossa maturidade emocional e sobre o funcionamento da relação em si. A Orientadora Emocional Camilla Couto explica por quê.


 “Como você reage quando recebe uma crítica do seu parceiro ou parceira? Você é capaz de receber e analisar o que o outro diz sobre você numa boa? Ou, antes mesmo de processar as palavras, revida logo com uma crítica contrária?” A pergunta é da Orientadora Emocional Camilla Couto, que trabalha com foco em relacionamentos, e, segundo ela, a resposta é extremamente importante para entender nosso comportamento emocional: “a forma como você reage a uma crítica fala muito sobre como você lida com as próprias emoções”.

Segundo Camilla, temos duas formas de reagir, ao sermos criticados pelo nosso amor: Ou somos receptivos e escutamos, ponderamos, de forma aberta e curiosa, ou somos reativos, nesse caso, mal escutamos e já contra-atacamos, muitas vezes até começando uma briga. “Uma coisa importante a dizer é que a reação a uma crítica nada tem a ver com o fato de ela estar correta ou não. Uma crítica nada mais é do a opinião do outro sobre algo em nós. Temos o direito de concordar com ela ou não. A verdade é que todos estamos sujeitos a receber críticas por onde passamos – em casa, no trabalho, no círculo de amizades, na família. E o ato de receber uma crítica não quer absolutamente dizer que estamos fazendo algo de errado”, lembra a orientadora.

Para ela, o que não pode acontecer é deixar que as emoções tomem conta de nós ao sermos criticados. Isso porque, no calor da emoção, fica difícil, inclusive, entender o que o outro realmente quer dizer. “Quando percebemos a crítica como uma ameaça, reagimos com raiva, orgulho e vaidade, e aí, partimos para o contra-ataque e não nos permitimos o tempo necessário para entender o que nos está sendo criticado. Fora que, nesse caso, o outro provavelmente também sentirá a necessidade de se defender e, então, a confusão está formada. Esse é um típico exemplo de uma briga que começa “do nada”, explica Camilla.

Por outro lado, segundo ela, quando conseguimos nos manter calmos e centrados, no controle das nossas emoções, temos a chance de compreender o que o parceiro realmente tem a dizer: “conseguimos discernir se a crítica faz sentido – se há efetivamente algo em nós a ser olhado e modificado (quando possível), ou se o ponto de vista nos parece equivocado. As críticas podem, sim, ser construtivas. Talvez o outro esteja enxergando algo em nós que somos capazes de melhorar, mas não havíamos nos dado conta”, afirma. Nem sempre as críticas são uma forma de dizer que estamos errados, mas, só conseguimos perceber a importância real da crítica se estivermos em equilíbrio com nossas emoções.

“A questão não é sobre estar certo ou errado. Ser melhor ou pior do que o outro. Ter ou não razão. Esse jogo de poder e competição é totalmente nocivo para a relação e, se ele existe, há algo errado acontecendo, já que relacionamento é parceria”, reafirma Camilla. Para ela, ficar disputando espaço e preponderância na relação é pura perda de tempo. E, talvez, até mesmo falta de amor.

“O que eu quero dizer quando digo que a forma como reagimos a uma crítica diz muito sobre nós é que quando estamos em dia com a nossa própria forma de ser, isto é, quando há amor-próprio, autoconfiança e autovalorização, temos a consciência de estarmos dando o nosso melhor. Portanto, quando nosso amor-próprio está fortalecido, nos sentimos mais preparados a receber críticas. Acolhemos as opiniões do outro com mais facilidade e abertura, e somos menos reativos”, revela.

Camilla finalizando lembrando: “observe seu modo de receber críticas, de lidar com o modo como o outro pensa, inclusive sobre você. Ser receptivo ou reativo são formas diferentes de lidar com algo que é real: nem sempre faremos o melhor aos olhos dos outros e nem sempre vamos agradar. E está tudo bem! O importante é perceber como as críticas chegam até nós, para que não percamos nosso equilíbrio emocional e sejamos capazes de manter relações leves e harmoniosas”.




Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar


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