A coluna recebe grande parte do peso do corpo, causando dor nas
costas. “Doenças degenerativas que são geradas pelo desgaste, deformidades e
outras lesões podem levar à instabilidade (aumento de movimento anormal) da
coluna vertebral que, se resultarem em pressão sobre a medula espinhal ou sobre
as raízes nervosas, podem causar dor na região da coluna e até mesmo dormência
e fraqueza muscular da região do quadril , nádegas e pernas”, revela o médico
ortopedista Dr. Alynson Larocca Kulcheski, especialista em coluna do Hospital
VITA.
De acordo com o médico, quando os sintomas não melhoram
com o tratamento conservador, que engloba repouso, medicação para dor,
exercícios e fisioterapia, o procedimento cirúrgico poderá ser indicado. A
iniciativa visa à fusão (artrodese) das vértebras e a descompressão das
estruturas nervosas da coluna.
O LLIF é uma abordagem diferente da coluna, a sigla
vem do inglês (Lateral Lumbar Interbody Fusion), com tradução livre para o
português de Artrodese Lateral da Coluna, que também pode ser conhecido como
técnica do XLIF (nome comercial mais difundido atualmente). Com essa
metodologia é feita uma incisão à coluna pela parede lateral do abdômen. “Enquanto
nas cirurgias tradicionais, são realizados pela parte de trás das costas. O LLIF/XLIF
oferece aos cirurgiões e aos pacientes uma opção menos agressiva para a
cirurgia da coluna. A técnica surgiu em 2006 e, atualmente, vem ganhando
popularidade entre os profissionais da área do mundo”, destaca o ortopedista.
Com o LLIF/XLIF é feita com uma pequena incisão na pele da
parede lateral do abdômen do paciente. Em seguida, usando as técnicas
cirúrgicas minimamente invasivas, cria-se uma estreita passagem, separando
suavemente as fibras musculares, ao invés de cortá-las, chegando diretamente sobre
a vértebra e o disco a serem tratados. “A abordagem lateral minimiza os riscos
de danos sobre a musculatura e sobre os nervos da região da coluna”, ressalta
Dr. Álynson.
Mesmo sendo o XLIF considerado uma cirurgia minimamente
invasiva, trata-se de uma cirurgia na coluna vertebral. “Por isso deve ser
realizada por uma equipe qualificada e habituada a esta tecnologia. Cada
paciente deve ser individualizado e possui um diagnóstico específico, fazendo
com que a indicação, e os resultados sejam diferentes para cada pessoa”,
enfatiza o médico.
Pós-operatório:
Realizado o procedimento o cirurgião terá um plano de recuperação
e reabilitação para o pós-operatório que irá ajudar o paciente a voltar ao
nível de atividade normal assim que possível. O período varia de acordo com a
resposta de cada pessoa e do estilo de vida e tipo de trabalho que cada
indivíduo exerce. “Estas inovações na cirurgia da coluna permitem uma recuperação
mais rápida permitindo retorno precoce as atividades que o paciente deseja
realizar”, salienta Dr. Álynson.
Casos em que o procedimento pode ser realizado:
- A coluna vertebral, e em especial a parte da lombar, recebe
grande carga e peso que podem ser a origem das dores nas costas.
- Doenças que levam ao desgaste da coluna conhecidas como doenças
degenerativas, deformidades como as escolioses e outras lesões podem levar à
instabilidade da coluna vertebral e são grandes indicações para a realização da
cirurgia.
- Em casos avançados onde há compressão sobre a medula e os nervos
da coluna também podem ser descomprimidos de forma indireta através desta
técnica, levando ao alívio dos sintomas.
- Nestas doenças que levam a instabilidade e ao desgaste pode-se
indicar uma cirurgia de fusão entre as vértebras. O objetivo da fusão vertebral é
restaurar a estabilidade da coluna e diminuir as dores ocasionadas.
- O procedimento envolve normalmente a remoção do disco danificado
entre duas vértebras e insere-se material de enxerto ósseo dentro do espaço do
disco para promover o crescimento do osso levando a fusão. Com o XLIF pode-se
realizar uma fusão por meio de técnica menos invasiva.
A indicação do tratamento depende de vários fatores. O XLIF
permite acessos menores e com menor agressão, levando a recuperação mais rápida
em todas as faixas etárias. “Quando pensamos em pacientes que apresentem
comorbidades devemos levar em consideração abordagens que trazem menos agressão
ao corpo e menor tempo de recuperação. Uma avaliação com médico especializado
ajudará na melhor escolha para o procedimento”, enfatiza o ortopedista.
Assista vídeo sobre como é realizado o procedimento:

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