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Segundo a
fisioterapeuta Frésia Sa, que desenvolve um trabalho de Saúde Integrativa, um
dos maiores erros que cometemos é pensar que, se a gente ficar quietinho e não
falar sobre as nossas emoções, a dor vai sumir. E adivinhem? Ela não some, não.
O que acontece é que ela se torna uma memória traumática e pode começar a
provocar dores e reações físicas, sem que você entenda de que lugar aquilo
surgiu. Veja por quê.
A questão do calar, quando o assunto é emoção, é
extremamente séria, segundo a fisioterapeuta Frésia Sa, que desenvolve um
trabalho de Saúde Integrativa e cuida de pacientes com dores e doenças
crônicas. “Muitas vezes, tentamos “esquecer” algo difícil que nos aconteceu,
acreditando que, se evitarmos falar no assunto, ele vai sumir”, explica ela, “e
o que acontece é que toda emoção reprimida fica guardada em algum lugar do
nosso corpo. Ela se instala, gera uma marca, uma espécie de cicatriz, uma
memória traumática que deixamos de sentir, claro, como tristeza, mágoa ou
desapontamento, mas que começa a gerar reações físicas”.
Como explica Frésia, quando me protejo de uma
emoção, é o corpo que responde a ela: “um sentimento guardado pode ser a causa
de uma dor na coluna, uma enxaqueca, uma dificuldade para dormir, até mesmo de
uma dificuldade de atuação de algum órgão do corpo. Nenhuma emoção passa em
branco pela nossa vida. Ou ela é vivenciada, compreendida e ressignificada, ou
ela acaba sendo a causa de algo que nos incomoda de outra forma, como uma
doença”.
O medo de confrontar a emoção acaba nos levando a
tomar escolhas totalmente distantes do ideal: reprimimos, escondemos,
esquecemos, abafamos. A esperança é que a dor morra. A realidade? Ela aumenta,
mas de uma forma física. Frésia lembra: “já pensou em quantas vezes você deixou
de entender uma situação emocional forte, e em quantas dores já teve sem
entender a causa? Elas podem, sim, estar relacionadas”.
Como saber se a dor é causada pela emoção? A
fisioterapeuta explica que existem técnicas que ajudam a entender a causa
primária de dores e doenças. E inclusive de comportamentos, como medo,
ansiedade, dificuldade de realizar projetos: “uma delas é a Microsifioterapia,
que usa as respostas do corpo para entender a relação dessas dores e problemas
com memórias guardadas”, revela.
Frésia também explica: “as emoções positivas
geralmente são vivenciadas, não escondidas. Nos permitimos sentir, entender,
aproveitar, e gravamos na memória aquele momento bom. O grande erro é realmente
agir diferente quando o que sentimos não é bom, nos faz sofrer. Se
conseguíssemos observar as emoções de um espaço externo, como observadores,
entenderíamos que ambas, boas e ruins, fazem parte de quem somos. Nos ensinam,
nos moldam”.
Desejar sentir apenas o que é bom é o que nos leva,
constantemente, a negligenciar esses momentos de aprendizado e a tentar
esconder as emoções negativas. “Raiva, medo, ciúme, angústia varridos para
debaixo do tapete não morrem. Eles crescem dentro de nós, e provocam doenças”,
finaliza Frésia. Lembre-se disso na próxima vez em que sua primeira reação seja
negar uma emoção ruim!
Biointegral Saúde
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