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segunda-feira, 22 de julho de 2019

Quando me protejo, o corpo responde


Divulgação

Segundo a fisioterapeuta Frésia Sa, que desenvolve um trabalho de Saúde Integrativa, um dos maiores erros que cometemos é pensar que, se a gente ficar quietinho e não falar sobre as nossas emoções, a dor vai sumir. E adivinhem? Ela não some, não. O que acontece é que ela se torna uma memória traumática e pode começar a provocar dores e reações físicas, sem que você entenda de que lugar aquilo surgiu. Veja por quê.


A questão do calar, quando o assunto é emoção, é extremamente séria, segundo a fisioterapeuta Frésia Sa, que desenvolve um trabalho de Saúde Integrativa e cuida de pacientes com dores e doenças crônicas. “Muitas vezes, tentamos “esquecer” algo difícil que nos aconteceu, acreditando que, se evitarmos falar no assunto, ele vai sumir”, explica ela, “e o que acontece é que toda emoção reprimida fica guardada em algum lugar do nosso corpo. Ela se instala, gera uma marca, uma espécie de cicatriz, uma memória traumática que deixamos de sentir, claro, como tristeza, mágoa ou desapontamento, mas que começa a gerar reações físicas”.

Como explica Frésia, quando me protejo de uma emoção, é o corpo que responde a ela: “um sentimento guardado pode ser a causa de uma dor na coluna, uma enxaqueca, uma dificuldade para dormir, até mesmo de uma dificuldade de atuação de algum órgão do corpo. Nenhuma emoção passa em branco pela nossa vida. Ou ela é vivenciada, compreendida e ressignificada, ou ela acaba sendo a causa de algo que nos incomoda de outra forma, como uma doença”.

O medo de confrontar a emoção acaba nos levando a tomar escolhas totalmente distantes do ideal: reprimimos, escondemos, esquecemos, abafamos. A esperança é que a dor morra. A realidade? Ela aumenta, mas de uma forma física. Frésia lembra: “já pensou em quantas vezes você deixou de entender uma situação emocional forte, e em quantas dores já teve sem entender a causa? Elas podem, sim, estar relacionadas”.

Como saber se a dor é causada pela emoção? A fisioterapeuta explica que existem técnicas que ajudam a entender a causa primária de dores e doenças. E inclusive de comportamentos, como medo, ansiedade, dificuldade de realizar projetos: “uma delas é a Microsifioterapia, que usa as respostas do corpo para entender a relação dessas dores e problemas com memórias guardadas”, revela.
Frésia também explica: “as emoções positivas geralmente são vivenciadas, não escondidas. Nos permitimos sentir, entender, aproveitar, e gravamos na memória aquele momento bom. O grande erro é realmente agir diferente quando o que sentimos não é bom, nos faz sofrer. Se conseguíssemos observar as emoções de um espaço externo, como observadores, entenderíamos que ambas, boas e ruins, fazem parte de quem somos. Nos ensinam, nos moldam”.

Desejar sentir apenas o que é bom é o que nos leva, constantemente, a negligenciar esses momentos de aprendizado e a tentar esconder as emoções negativas. “Raiva, medo, ciúme, angústia varridos para debaixo do tapete não morrem. Eles crescem dentro de nós, e provocam doenças”, finaliza Frésia. Lembre-se disso na próxima vez em que sua primeira reação seja negar uma emoção ruim!






Biointegral Saúde


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