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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Homenagem ao produtor rural


O Dia do Agricultor, comemorado em 28 de julho, celebra a força e o virtuosismo dessa profissão tão nobre e essencial. Desde tempos muito antigos, a agricultura foi a responsável pelo desenvolvimento da sociedade. A data é ótimo momento também para esclarecer as "fake news" que ainda recaem sobre os agricultores.

Ao contrário do que muitos insistem em afirmar, a produção agrícola não destrói a natureza. Ninguém cuida mais dos recursos naturais do que nosso amigo agricultor.

É dela que ele vive, sustenta sua família, gera renda e resultados positivos nas exportações brasileiras. Afirmar que o homem do campo não cuida da natureza é como dizer que um cirurgião não trata seu paciente, que um advogado queima a Constituição.

Aos fatos: o agricultor não coloca "veneno na comida" de ninguém. Os produtos utilizados na lavoura são verdadeiros avanços tecnológicos aprovados pelos órgãos responsáveis após anos de estudos. Os defensivos agrícolas são essenciais para uma produção e produtividade cada vez maiores, da mesma forma que são os remédios para a vida humana.

O Brasil é um dos países que produz mais alimento com menos aplicação de defensivos no mundo todo. O Japão, por exemplo, emprega por hectare quase oito vezes mais produtos do que no Brasil, que está em 7º lugar mundial no uso de defensivos. 

O ranking é da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)  e lista 20 países, sendo que o Brasil fica atrás também de "desenvolvidos" como França, Alemanha e Itália. Sob o critério de consumo de defensivos em função da produção agrícola, o Brasil aparece em 58º lugar, com uso de 0,28 quilos de defensivo por tonelada de produtos agrícolas. 

Também muito se fala em desmatamento devido a um hipotético avanço das lavouras em áreas preservadas. Nada disso. Vamos aos fatos utilizando os mais recentes números do Cadastro Ambiental Rural (CAR) nacional, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

De toda a extensão territorial brasileira, as plantações estão presentes em apenas 7,8% das terras. 25,6% são formados por áreas destinadas à preservação da vegetação nos imóveis rurais. Ou seja, há mais que o triplo de espaços preservados do que cultivados nas propriedades rurais. 

Soma-se ainda: as pastagens nativas representam 8%, as plantadas chegam a 13,2%; as unidades de conservação integral chegam a 10,4% do território brasileiro; 13,8% das terras brasileiras são de povos indígenas e 16,5% são de vegetação nativa em terras devolutas e não cadastradas. 

É preciso destacarmos isso: a área destinada à vegetação protegida e preservada é de 66,3% - dois terços do Brasil inteiro. Temos ainda mais vegetação com as florestas plantadas, que ocupam 1,2% do território. Já a infraestrutura preenche 3,5% do País. 

Fazendo um comparativo, o total de áreas protegidas, preservadas e não cadastradas equivale à superfície de 48 países da Europa. Não é mais possível colocar sob os ombros do agricultor a deterioração do planeta.

É preciso, portanto, valorizar e defender o homem do campo de ataques ideológicos e sem critérios.

São opiniões que atrapalham este setor econômico brasileiro que há anos só apresenta resultados positivos. Citando apenas dois exemplos: nos próximos 10 anos, nossa produção de grãos deve crescer 30% e a de carnes 27%.

Mas ainda precisamos de uma estratégia para orientar a política de relações internacionais do agro para atingir 10% do comércio agropecuário mundial. O Brasil precisa mostrar para o mundo a sustentabilidade da produção brasileira. Mostrar que o agricultor gera emprego, renda, riqueza, sustentabilidade e merece sempre nosso apoio.

Reafirmo assim meu compromisso com o produtor rural, mola propulsora do desenvolvimento do nosso país!




Arnaldo Jardim - Deputado Federal - Cidadania/SP


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