O Dia do
Agricultor, comemorado em 28 de julho, celebra a força e o virtuosismo dessa
profissão tão nobre e essencial. Desde tempos muito antigos, a agricultura foi
a responsável pelo desenvolvimento da sociedade. A data é ótimo momento também
para esclarecer as "fake news" que ainda recaem sobre os agricultores.
Ao contrário
do que muitos insistem em afirmar, a produção agrícola não destrói a natureza.
Ninguém cuida mais dos recursos naturais do que nosso amigo agricultor.
É dela que
ele vive, sustenta sua família, gera renda e resultados positivos nas
exportações brasileiras. Afirmar que o homem do campo não cuida da natureza é
como dizer que um cirurgião não trata seu paciente, que um advogado queima a
Constituição.
Aos fatos: o
agricultor não coloca "veneno na comida" de ninguém. Os produtos utilizados
na lavoura são verdadeiros avanços tecnológicos aprovados pelos órgãos
responsáveis após anos de estudos. Os defensivos agrícolas são essenciais para
uma produção e produtividade cada vez maiores, da mesma forma que são os
remédios para a vida humana.
O Brasil é um
dos países que produz mais alimento com menos aplicação de defensivos no mundo
todo. O Japão, por exemplo, emprega por hectare quase oito vezes mais produtos
do que no Brasil, que está em 7º lugar mundial no uso de defensivos.
O ranking é
da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
e lista 20 países, sendo que o Brasil fica atrás também de
"desenvolvidos" como França, Alemanha e Itália. Sob o critério de consumo de defensivos em função da
produção agrícola, o Brasil aparece em 58º lugar, com uso de 0,28 quilos de
defensivo por tonelada de produtos agrícolas.
Também muito
se fala em desmatamento devido a um hipotético avanço das lavouras em áreas
preservadas. Nada disso. Vamos aos fatos utilizando os mais recentes números do
Cadastro Ambiental Rural (CAR) nacional, feito pela Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
De toda a
extensão territorial brasileira, as plantações estão presentes em apenas 7,8%
das terras. 25,6% são formados por áreas destinadas à preservação da vegetação
nos imóveis rurais. Ou seja, há mais que o triplo de espaços preservados do que
cultivados nas propriedades rurais.
Soma-se
ainda: as pastagens nativas representam 8%, as plantadas chegam a 13,2%; as
unidades de conservação integral chegam a 10,4% do território brasileiro; 13,8%
das terras brasileiras são de povos indígenas e 16,5% são de vegetação nativa
em terras devolutas e não cadastradas.
É preciso
destacarmos isso: a área destinada à vegetação protegida e preservada é de
66,3% - dois terços do Brasil inteiro. Temos ainda mais vegetação com as
florestas plantadas, que ocupam 1,2% do território. Já a infraestrutura
preenche 3,5% do País.
Fazendo um
comparativo, o total de áreas protegidas, preservadas e não cadastradas
equivale à superfície de 48 países da Europa. Não é mais possível colocar sob
os ombros do agricultor a deterioração do planeta.
É preciso,
portanto, valorizar e defender o homem do campo de ataques ideológicos e sem
critérios.
São opiniões
que atrapalham este setor econômico brasileiro que há anos só apresenta
resultados positivos. Citando apenas dois exemplos: nos próximos 10 anos, nossa
produção de grãos deve crescer 30% e a de carnes 27%.
Mas ainda
precisamos de uma estratégia para orientar a política de relações
internacionais do agro para atingir 10% do comércio agropecuário mundial. O
Brasil precisa mostrar para o mundo a sustentabilidade da produção brasileira.
Mostrar que o agricultor gera emprego, renda, riqueza, sustentabilidade e
merece sempre nosso apoio.
Reafirmo assim meu compromisso
com o produtor rural, mola propulsora do desenvolvimento do nosso país!
Arnaldo Jardim - Deputado Federal -
Cidadania/SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário