O medo do
julgamento alheio é talvez um dos nossos maiores impeditivos para a felicidade.
Mas e se a gente entendesse, de uma vez por todas, que o que o outro pensa a
nosso respeito é problema unicamente dele?
Quem nunca ouviu de seus pais: “o que vão pensar de
você?”. Sim, crescemos acreditando fielmente que a opinião dos outros é muito
importante, que é, na verdade, determinante para nossa felicidade. Então, se
agirmos corretamente, dentro do esperado, se preenchermos todos os requisitos
sociais para sermos pessoas “de bem”, seremos felizes, certo? A fisioterapeuta
Frésia Sa, especializada em saúde integrativa, questiona essa postura:
“crescemos sem a total felicidade, sem que a aprovação alheia nos traga
efetivamente alegria e gozo. E por que será?”
Segundo ela, isso acontece quando colocamos nossas
expectativas sobre os pensamentos e as opiniões dos outros, sobre as quais
temos zero controle. “Não há como prever os parâmetros pelos quais seremos
julgados porque, além das tradições, do que é socialmente aceito, existem
expetativas pessoais e familiares, existem momentos, existem emoções dirigidas
por traumas. Existe um universo inteiro de possibilidades que fazem com que o
outro nos julgue de uma determinada maneira”, explica Frésia. Então, por
princípio, nunca podemos prever, nem de longe, como seremos avaliados, imagine
a constante insegurança.
E, para Frésia, quando depositamos nossa felicidade
nesse julgamento externos, as chances de sermos atacados, retaliados e magoados
são enormes: “ninguém está dizendo para esquecer de uma vez por todas as regras
sociais e sair agindo a seu bel prazer, sem se importar se está ou não ferindo
e prejudicando os outros. Estamos vivendo uma era de despertar. A simples pausa
para entender a necessidade de julgamento externo já é o começo de um processo
de cura. Avaliar, o tempo todo, que regras são ou não necessárias, que crenças
nos pertencem ou foram impostas sem fazer sentido, é urgente”, explica.
O medo de ser julgado nos impede de sermos felizes
Segundo a fisioterapeuta, que realiza um trabalho
com técnicas variadas para descobrir memórias traumáticas e crenças limitantes
que nos impedem de ser felizes, ocupar-se da opinião externa é um erro:
“coloque-se padrões condizentes com o que é verdade para você: estou
prejudicando alguém? Ofendendo alguma lei moral? Estou sendo infiel aos meus
próprios valores? Se a resposta a todas as perguntas for não, então, vá em
frente! O que mais escuto de pessoas que se preocupam demais com a opinião dos
outros é: “como eu gostaria de ser diferente” ou “como eu queria ter coragem”,
revela.
Pois a má notícia é: ninguém vai poder mudar essa
atitude de encolher-se frente ao mundo por você. “A notícia boa é que sempre é
tempo de mudar, de exercitar a coragem de ser quem se é”, explica Frésia. Pode
ser um passo de cada vez. Uma realização a cada etapa. O importante é
recomeçar, acreditar que a sua opinião é a que a que mais importa e ponto
final.
Biointegral Saúde
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