Conselho Regional de
Odontologia de São Paulo (CROSP) informa que a população deve optar por dieta
alimentar balanceada, praticar corretamente a higiene bucal e enfatiza que a consulta ao cirurgião-dentista é essencial
para o diagnóstico e tratamento do problema
A halitose, popularmente
conhecida como mau hálito, é uma condição muito comum na sociedade, mas que não
deve ser ignorada. É importante ter em mente também que não se trata de uma
doença, mas um sintoma, uma indicação de que algo pode estar acontecendo de
errado com o organismo. De acordo com a Comissão de Halitologia do CROSP,
estima-se que existem mais de 60 causas para o problema. Algumas das formas de
prevenção incluem mudança nos hábitos alimentares, prática correta da higiene
bucal, correção de fluxo salivar – vale lembrar que a saliva é o “detergente
natural” da cavidade bucal – e raspagem da língua com limpador específico.
A principal forma de combate
à halitose é o diagnóstico no consultório do cirurgião-dentista. Exames que
medem a quantidade e a qualidade da saliva, além do enxofre exalado na
respiração e na cavidade bucal, ajudam o profissional a escolher os
procedimentos adequados. Entre as possibilidades de tratamento estão dieta
balanceada e/ou técnicas que regeneram a função das glândulas salivares. Tudo
isso só é possível com base em uma análise da boca e do histórico de saúde do
paciente. Além da consulta com o profissional, confira abaixo outras
orientações sugeridas pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP) para evitar o mau hálito
Previna a saburra lingual
(placa esbranquiçada) – Um dos pontos fundamentais para evitar o
mau hálito é a prevenção da saburra lingual. Trata-se de uma secreção
esbranquiçada ou amarelada, composta de restos de alimentos, células da mucosa
bucal e bactérias que adere à superfície da língua. Sua presença pode causar o
mau cheiro. Uma das recomendações para evitar o problema é o uso do limpador ou
raspador de língua, durante a higiene bucal.
Atenção à escovação – Nunca
é exagerado reforçar: a prática de escovar os dentes ao acordar, após cada
refeição e antes de dormir é requisito básico para manter uma boca limpa e
saudável. Vale ressaltar que a escovação deve ser feita em toda a cavidade
oral, com o cuidado de evitar força demasiada nos movimentos, o que pode causar
retração gengival e hipersensibilidade. A língua deve ser higienizada e o uso
do fio dental é imprescindível. O enxaguante bucal, sem álcool, também pode ser
recomendado pelo cirurgião-dentista.
Falta de salivação pode
interferir – A saliva tem um papel importante na
saúde da boca. É responsável por lubrificar a cavidade oral e neutralizar o pH,
protegendo-a das bactérias. O aumento destes microrganismos fermenta os restos
dos alimentos, provocando o mau odor. Existem exames que diagnosticam se
a quantidade de saliva está adequada, mas uma forma de combater o problema é
mastigar muito bem os alimentos, manter a higiene bucal em dia e beber entre 2
a 3 litros de água diariamente.
A hidratação decorrente da
água bebida permite que as glândulas salivares produzam a quantidade essencial
de saliva. O consumo de água também elimina algumas bactérias presentes na
boca, evitando a halitose.
Hábitos alimentares –
Evitar o jejum prolongado é outra forma de prevenir o mau hálito. Comer de três
em três horas e incluir alimentos ricos em fibras na dieta, como maçã e
cenoura, são atitudes que podem minimizar o problema.
Excesso de álcool e o
tabagismo – A bebida alcoólica desencadeia uma grande descamação de
células bucais, as quais são cheias de proteínas que produzem enxofre. O mesmo
acontece com o fumo, que traz enxofre em sua composição, além de contribuir
para a redução da saliva, o que intensifica o problema. Vale lembrar que o
tabagismo e o consumo excessivo de álcool são a causa de muitas doenças,
inclusive o câncer bucal.
Conselho Regional de
Odontologia de São Paulo (CROSP)
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