Uma epidemia gravíssima e silenciosa desta DST está
se alastrando no país".
O Ministério da Saúde decretou a epidemia da
sífilis em outubro de 2016 e os casos no Brasil não param de crescer,
assustadoramente. Essa elevação expressiva de casos é principalmente uma
consequência da falta de proteção nas relações sexuais. A doença é transmitida,
sobretudo, por via sexual (inclusive relações anais e orais). A transmissão
também pode ocorrer por transfusão sanguínea. “Apesar de toda a divulgação
feita hoje pelas mídias sociais e pelo ministério da saúde, no Brasil, muitas
pessoas não usam preservativo. Outra questão que facilita o contágio, é que os
sintomas iniciais podem ser discretos e passam despercebidos”, relata a médica
infectologista Dra. Dania Abdel Rahman do Hospital Albert Sabin em
São Paulo.
Existem 3 apresentações da sífilis, classificadas
em primária, secundária e terciária. A primária consiste na lesão genital,
indolor e que costuma ser única.
Sua evolução é autolimitada, desaparecendo
sozinha em poucos dias, o que torna a sífilis uma DST silenciosa e extremamente
perigosa, pois a manifestação secundária, que aparece alguns meses depois, são
lesões cutâneas no corpo todo, inclusive nas palmas e plantas, que podem ser
facilmente confundidas com alergias de pele. Segundo a Dra Dania, caso a doença
não seja tratada nessa fase pode evoluir para a forma mais grave: a terciária,
onde o comprometimento é mais grave por ser orgânico. Ou seja, são
comprometidos órgãos importantes como cérebro, coração, intestino, entre
outros. O tratamento, quando no início é simples, feito geralmente com
penicilina.
“Outra atenção importante, é no caso de mulheres
que já foram contaminadas e desejam engravidar. Se tratadas corretamente, podem
ter filhos e amamentar normalmente, no entanto, se a doença não foi cuidada
devidamente, o risco de transmissão para o feto é altíssimo durante a gestação,
levando a malformações graves e até à morte do mesmo. Na amamentação não há
evidências de transmissão”, explica.
A sífilis tem cura quando tratada adequadamente,
caso contrário pode matar. Formas como a neurológica ou cardíaca podem ser
extremamente graves, levando ao óbito.
Hospital Albert Sabin
Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São
Paulo – SP
Central
de atendimento - (11) 3838 4655
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