Nos últimos cinco anos, o número de ataques de
escorpiões teve um aumento de 80%, no país. Saltou de 78 mil casos para 141 mil
casos. Em 2017, foram confirmados 143 óbitos por picada de escorpiões. Em São
Paulo, A situação elevou a taxa de letalidade e, hoje, quatro em cada mil pessoas
picadas morrem.
De acordo com o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do
CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS), o problema é
comum nas regiões urbanas especialmente no verão. “Cerca de 40% das ocorrências
registradas em todo o país são nesse período. Por isso, a atenção deve ser
redobrada nessa época do ano”, reforça o Biólogo. Ele explica que os escorpiões
se alimentam de baratas, que são insetos domésticos e que nessa época do ano se
proliferam, já que as condições climáticas são favoráveis para sua reprodução.
“Eles invadem as casas atrás das baratas, mas acabam também buscando onde se
alojar”, completa.
Segundo o especialista, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é justamente manter os lugares limpos, livres de entulhos. “No quintal de casa evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. Eles podem se esconder entre as frestas. E se perto de casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o Biólogo.
Se for picado, o Biólogo recomenda que procure um serviço de atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve ser levada para o local mais próximo que tiver”, avisa. Geralmente, primeiro é aplicado um medicamento para aliviar a dor provocada pela picada do escorpião. E depois, se for o caso, é aplicado o soro antiescorpiônico. “O medicamento neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo”, esclarece Puorto. A aplicação é geralmente indicada para crianças e idosos, considerados maior grupo de risco.
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