A recorrência de viroses nas estações mais quentes
do ano é maior. Porém, a partir de pequenos cuidados é possível evitar riscos e
aproveitar o verão com intensidade
Dezembro chegou e com ele o verão. Com isso, as
doenças típicas da estação ressurgem. Porém, é importante frisar que muitas
delas podem ser evitáveis, a partir de cuidados bem simples. É caso da
gastroenterite infecciosa. Segundo a Pesquisa UNIDAS 2018, que ouviu mais de 44
operadoras de saúde no Brasil, a gastroenterite foi a principal causa das
internações evitáveis (17,2%): em torno de 390 mil pessoas foram internadas entre
2017 e 2018 vítimas da doença, porém 5,2% desse total (20 mil) poderiam ser
evitáveis.
"As internações evitáveis são uma indicação de
que há falhas na atenção primária à saúde. Logo, é importante voltar o olhar
para isso e ter cuidados eficazes, a fim de que doenças como gastroenterite
infeciosa não se complique a ponto de levar o paciente à internação
hospitalar", explica o vice-presidente da União Nacional das Instituições
de Autogestão em Saúde (UNIDAS), João Paulo dos Reis Neto.
As altas temperaturas verificadas durante o verão
aceleram a deterioração dos alimentos e favorecem a multiplicação de
microorganismos causadores de doenças, cujos sintomas mais frequentes são a
diarreia, vômitos, náuseas e dores abdominais.
Mas alguns cuidados muito simples podem evitar
esses transtornos. A nutricionista e coordenadora do Programa de Nutrição
Preventiva da Caixa de Assistência dos Servidores do Mato Grosso do Sul
(CASSEMS), Eliana Aguiar Dias, dá algumas dicas de como evitar esse transtorno.
Bares, restaurantes e quiosques
- Importante prestar atenção na organização, na
limpeza das instalações e nas condições de higiene dos funcionários: uso de
proteção nos cabelos, mãos com unhas curtas e limpas e uniformes limpos e
conservados; reparar na temperatura dos alimentos perecíveis que necessitam de
refrigeração/congelamento, como queijos, pescados, carnes, iogurtes, entre
outros; reparar na presença de moscas e sinais de outras pragas; a condição do
gelo é fundamental: ele sempre deve estar armazenado em embalagens ou
recipientes devidamente fechados, limpos e separado de outros alimentos;
pergunte sobre sua origem e se ele é industrializado ou elaborado a partir de
água potável.
Lanches caseiros
- Prepare os alimentos o mais próximo possível do
horário de consumo e evite aqueles muito perecíveis: queijo branco, embutidos,
carnes, patês, tortas e bolos recheados. Mantenha sempre os alimentos em
recipientes bem tampados e protegidos do sol. Deixe aqueles que necessitam de
refrigeração dentro de caixas isotérmicas abastecidas com gelo. Porém, é
preferível sempre consumir alimentos saudáveis e naturais, como frutas e
cereais.
Cuidados na praia
Espetinho de camarão - Observe
suas características enquanto ainda está cru. A casca deve sair inteira, sem
grudar. Não deve haver pontos pretos entre as patinhas e o corpo do camarão. Já
a cauda deve aguentar uma leve pressão.
Queijo coalho - Também
entra na lista dos alimentos que é bom evitar, pois sua produção se dá com
leite não pasteurizado.
Raspadinha - É a campeã do risco, principalmente
às crianças que amam se refrescar com essa mistura de gelo e xarope. A maioria
das raspadinhas vendidas é feita com gelo produzido com água não potável.
Também é bom evitar sucos e batidas feitos com gelo em barra.
Milho cozido - Não
oferece riscos desde que totalmente imerso em água e soltando vapor. Também é
melhor comer diretamente da espiga, evitando pratos e talheres plásticos.
Pastéis - Antes de serem fritos, devem
ser armazenados em caixas térmicas limpas e o óleo precisa ser novo.
Sanduíches naturais - Desde que feitos no mesmo dia, sem maionese
caseira (que estraga fácil) e mantidos em caixas térmicas higienizadas, com
gelo ou outro doador de frio, podem ser consumidos. Mas a temperatura das
caixas térmicas deve ser suficiente para manter o produto em torno de 5 graus.
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