Especialista em aleitamento materno dá dicas
para as mães sobre o que deve ser considerado sobre a amamentação
É recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que a alimentação durante os seis primeiros seis meses de vida do bebê seja exclusivamente com o leite materno e que a introdução de outros alimentos ocorra após este período. "A amamentação é um processo que deve ser aprendido já nas primeiras horas de vida do bebê, além de ser um assunto que é rodeado por crenças populares que nem sempre correspondem à realidade e, poucas vezes, são comprovadas cientificamente" reforça Eneida Souza, consultora de amamentação de Philips Avent.
Para auxiliar as mães e tirar todas as dúvidas sobre o assunto, a profissional listou alguns mitos e verdades sobre a amamentação.
O leite materno aumenta o QI: VERDADE!
Crianças amamentadas com leite materno por mais de um ano têm, na vida adulta, maior QI, escolaridade e renda do que aqueles que não completaram um mês de aleitamento materno. A revelação é de uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas e da Universidade Católica de Pelotas feita com quase 3.500 recém-nascidos, em 2015, e acompanhados por 30 anos.
A criança deve mamar a cada duas ou três horas: MITO!
Não há uma regra. A única recomendação é que a mãe ofereça o leite sempre que o bebê sentir fome. Com o passar dos dias alguns bebes vão criando seu próprio horário e é comum quererem mamar a cada duas ou três horas, mas é importante que a mãe não restrinja a amamentação caso o bebê prefira mamar em um intervalo menor de tempo.
Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mãe produz: VERDADE!
Quanto mais o bebê ordenhar a mama mais leite a mãe irá produzir, o estímulo é fundamental para a liberação dos hormônios prolactina – que acelera a produção de leite, e ocitocina – que facilita a liberação do leite. O estímulo é muito importante. É recomendado ordenhas manuais ou com bombas extratoras, para auxílio na produção de mais leite.
É preciso revezar os dois seios para amamentar: MITO!
O ideal é que o bebe mame à vontade no primeiro seio, promovendo o esvaziamento do mesmo. Isso é importante porque somente depois de alguns minutos o bebê consegue atingir o leite posterior, uma porção rica em açúcar e gordura que o ajuda a se saciar mais rápido e a ganhar peso. Se ele não chega a essa parte, acaba sentindo fome mais rapidamente e tende a acordar várias vezes ao longo do dia para mamar de novo.
Estresse e ansiedade prejudicam a produção de leite: VERDADE!
No momento em que a mãe é exposta a uma situação de estresse, a adrenalina é liberada no organismo. O estresse durante a amamentação interfere na produção de prolactina – hormônio que acelera a produção de leite-, e assim, causa a diminuição do leite materno. Mas essa interferência é reversível, ou seja, após a mãe ficar mais tranquila a produção de leite é regularizada.
Algumas mães produzem um leite mais fraco: MITO!
Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu bebê. Então, se a criança mama regularmente e está ganhando peso, a mãe pode ficar tranquila pois o bebê estará recebendo os nutrientes necessários para o melhor desenvolvimento.
Amamentar causa perda de peso da mãe: VERDADE!
A mãe perde aproximadamente de 600 a 800 calorias por dia com a produção de leite, então amamentar causa a perda de peso, mas desde que a mãe mantenha uma dieta balanceada, sem restrição de carboidrato.
Consumir alimentos que contenham glúten e lactose causa cólicas no bebe: MITO!
Não existem evidências científicas. A mãe precisa manter uma dieta balanceada sem restrições calóricas, pois ela precisa de energias para a produção do leite. Qualquer restrição alimentar deve ser indicada por um profissional.
As fórmulas atuais são quase como o leite materno: MITO!
As fórmulas que existem no mercado não contêm os anticorpos, enzimas e hormônios presentes no leite materno que são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Ao contrário do que se imagina, as fórmulas atuais contêm muito mais alumínio, sódio, magnésio, ferro e proteína mas sem os benefícios e propriedades proporcionadas pela amamentação.
A mãe que tem mamilos invertidos não consegue amamentar: MITO!
Os mamilos invertidos devem ser identificados no pré-natal e o professional deve indicar o uso de conchas a base de silicone para promover a eversão total ou parcial dos mamilos sendo um facilitador para a amamentação. Mas o foto de tê-los não impede a amamentação.
Eneida Souza - enfermeira pediatra, consultora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia em Angeles (UCLA-CA) e terapeuta sistêmica para família, casal, individual. Atualmente, é parceira de Philips Avent.
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