Fique alerta para
procurar um dermatologista em qualquer sinal de mudança ou aparecimento de
lesões na pele
O câncer de pele é o tipo de câncer mais incidente
e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil- um
número que chega a 180 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA
(Instituto Nacional de Câncer). O melanoma é o tipo menos frequente dentre
todos os tipos de cânceres de pele, corresponde a 3% deste total, mas é
considerado o mais grave e com grande potencial de se espalhar para outros
órgãos.
De acordo com a Dra. Sheila Ferreira, oncologista
do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, esse tipo de tumor
tem origem no crescimento anormal dos melanócitos, células responsáveis pela
pigmentação da pele e pode surgir em qualquer parte do corpo, inclusive em
áreas não expostas diretamente ao Sol e menos visíveis, como o couro cabeludo.
A exposição à radiação ultravioleta, sem dúvida,
representa o principal fator de risco para desenvolvimento do câncer de pele.
Pessoas com pele, cabelos e olhos claros tem o risco aumentado de desenvolver o
câncer de pele. A idade constitui outro fator, principalmente a partir da
quinta década de vida, pois quanto maior o tempo de exposição da pele ao Sol, mais
envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios
solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a
infância.
"O câncer de pele geralmente se manifesta como
alterações de pele que podem se assemelhar a pintas ou manchas escurecidas,
novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo.
Tais alterações suspeitas correspondem ao que qualificamos como 'ABCD'-
Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro", explica a especialista.
Qualquer novo sinal na pele ou mudança de uma mancha já existente deve ser um
alerta para procurar um dermatologista. O diagnóstico é feito pela avaliação
médica e biópsia da lesão suspeita.
Avaliação precoce é fundamental
O câncer de pele do tipo melanoma é, na maioria das
vezes, agressivo, mas quando descoberto no início tem mais de 90% de chance de
cura. Sinais ou manchas, muitas vezes, podem ser apenas lesões benignas- como
um hematoma ocasionado por um impacto ou, ainda, uma infecção localizada, mas
podem tratar-se de tumores de pele. "É preciso buscar aconselhamento
médico especializado principalmente quando uma mancha surge repentinamente, sem
que algum acontecimento justifique", frisa Dra Sheila.
Uma vez feito o diagnóstico, quando a doença é
localizada, o principal tratamento é a ressecção cirúrgica da área, ou seja, a
retirada de todo o tecido comprometido e a avaliação ganglionar em casos
indicados. Em estágios mais avançados da doença, o tratamento pode consistir na
utilização de quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia. Diversos estudos
apontam bons resultados e respostas duradouras com a chamada imunoterapia,
medicações que estimulam o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o
próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células
"estranhas". "Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não
causem qualquer desconforto. O melanoma pode avançar para gânglios linfáticos e
é capaz de atingir outros órgãos, como cérebro, fígado, ossos e pulmões. A medida
preventiva mais eficaz contra o câncer de pele consiste na redução da exposição
ultravioleta sem proteção, particularmente da exposição ao Sol.
Recomenda-se
observar regularmente a própria pele à procura de lesões suspeitas e consultar
um dermatologista anualmente para um exame completo.
O diagnóstico precoce é
fundamental para o combate ao câncer", conta a especialista.
Grupo
Oncoclínicas
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