De acordo com dados
divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do
Estado de São Paulo, no primeiro semestre
de 2018 foram registradas cerca de 760 ocorrências por dia relativas a roubos a pedestres, comércio e residência. De janeiro a junho
deste ano, 254 mil casos de furtos foram apontados nesta categoria.
“As perdas decorrentes
de furtos em lojas e roubo de funcionários afetam significativamente as
operações dos varejistas”, destaca Robert Wagner dos Santos, especialista em
segurança da ADT. Segundo uma pesquisa divulgada pela Tyco Retail Solutions, as perdas do varejo global no ano passado foram de US$
99,56 bilhões. No Brasil, a perda foi de US$ 2,34 bilhões. A principal causa
foram os furtos e roubos cometidos por pessoas que vão às lojas, que representaram
29,17% do total. Furto ou fraude por funcionários respondeu por 21% do total de
perdas.
Entre os segmentos do
varejo brasileiro, o estudo constatou que as lojas de departamento apresentam o
maior índice de perdas sobre as vendas (2,35%), seguidas por redes de moda
(2,22%), atacarejo (2,13%), eletrônicos (1,60%), produtos para casa e jardim
(1,60%) e hipermercados (1,53%). Entre os itens furtados, os mais citados foram
peças de vestuário, bebidas alcoólicas e eletroeletrônicos, com destaque para
tablets, smartphones e câmeras digitais.
Para Santos, os pontos comerciais,
portanto, funcionam como focos de atração para pessoas mal intencionadas e
bandidos, já que mercadorias e equipamentos valiosos ficam constantemente
expostos. “Por esse motivo, é indispensável que o lojista aposte em soluções e
sistemas de segurança para evitar prejuízos”, destaca.
A ADT listou algumas ações preventivas
que podem evitar roubos e furtos, além de procedimentos corretos para agir em
casos de invasão. Confira.
1. Cuidados
prévios - Tenha números de emergência sempre em mãos, como o da
Polícia Militar (190); SAMU (192); Bombeiros (193) e Disque Denúncia (181).
“Além disso, o número de pessoas de confiança também pode ser útil. Combine com
elas o que fazer em casos de suspeitas ou ocorrências”, explica o executivo;
2. Conheça
os riscos - Para Santos, o primeiro passo
para evitar essas situações é avaliar as vulnerabilidades do estabelecimento e
se prevenir. É importante prestar atenção em cada detalhe que possa facilitar a
ação do bandido, como áreas sem monitoramento, prateleiras escondidas, áreas
pouco iluminadas, entre outros;
3. Estoque
- Mantenha o controle do estoque atualizado e tente fazer a
conferência dos itens no fim de cada dia, o que ajuda a perceber se algo está
faltando;
4. Rotinas
- Estabeleça uma rotina no comércio, pois o atraso pode gerar
alertas. “Combine horários de abertura e fechamento da loja e converse com
vizinhos para que se tornem aliados da vigilância do local. Eles podem avisar
se houver atraso na abertura da loja ou alguma movimentação estranha, como
luzes no interior do estabelecimento”, afirma Santos;
5. Fechamentos
de caixas - Combine horários diferentes para a
realização dessa atividade e evite fazer o fechamento dos caixas em horários de
muito movimento no comércio;
6. Valores
- Evite manipular valores elevados na loja. Dê preferência
para pagamentos via banco e benefícios via operadoras especializadas. Os
bandidos podem ter acesso fácil a informações como dias de pagamento e entrega
de valores na loja;
7. Alarme
monitorado - “É altamente recomendável investir em
alarme monitorado, que possui sensores que detectam abertura de portas e
presença de pessoas em ambientes indesejados”, atenta Santos. As equipes de
monitoramento, disponíveis 24h por dia, avisam rapidamente quando acontece uma
invasão, e podem alertar as autoridades, mesmo que não consigam avisar os
responsáveis pelo comércio;
8. Tempo
para providências - Tenha locais de difícil acesso na
loja. Coloque obstáculos, como cadeados, para acessar objetos mais valiosos ou
mesmo portas para chegar até eles. “O alarme monitorado avisará quando esses
obstáculos forem cruzados ou quando houver pessoas não autorizadas no local”,
finaliza o executivo.
ADT
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