A
campanha de 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, chama a
atenção para as consequências danosas do trabalho infantil para o futuro de
crianças e adolescentes
Nesta
terça-feira, 12 de junho, é o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Para
combater o problema, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social tem
divulgado nas redes sociais a importância de discutir o tema, para a promoção
de reflexões sobre o direito das crianças à infância segura, à educação e à
saúde, livres da exploração infantil e de outras violações. Com o tema “Piores
Formas: Não proteger a infância é condenar o futuro!”, a campanha em todo o
País chama a atenção para as consequências danosas do trabalho infantil.
Este
ano também se comemora os 10 anos da lista TIP, a Lista das Piores Formas de
Trabalho Infantil, que se tornou referência para o combate ao Trabalho Infantil
no país. A lista enumera 93 atividades, entre elas, trabalho doméstico,
aliciamento para o tráfico de drogas, a exploração sexual, o uso de crianças e
adolescentes para produção de material pornográfico. As denúncias podem ser
feitas anonimamente por meio dos telefones gratuitos “Disque 100 ou 181”.
Na
cidade de São Paulo, pesquisa realizada pelo DIEESE identificou trabalho
infantil em 1,3% das famílias. São crianças e adolescentes de 10 a 17 anos,
pertencentes a famílias de baixa renda. O trabalho infantil pode ser encontrado
em todas as regiões do Estado. Sabe-se que o maior contingente de crianças
exploradas para o trabalho é o que está nas ruas, e esse público é mal
contabilizado pelas estatísticas, porque são famílias sem endereço regular.
Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), 170 milhões de crianças
e adolescentes, no mundo, são obrigados a trabalhar para prover o próprio
sustento e o das suas famílias.
O
Estado de São Paulo conta com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
(PETI) do Governo Federal, vinculado ao Programa Bolsa Família, além de ações
socioassistenciais nos municípios. O Governo de São Paulo instituiu, em 2017, a
Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao
Trabalhador Adolescente. Essa comissão possui caráter intersetorial, e tem como
finalidade propor mecanismos para a prevenção e enfrentamento do trabalho
infantil e assegurar a realização do Plano Estadual de Erradicação do Trabalho
Infantil.
Além
disso, o Governo de São Paulo possui programas voltados às crianças e
adolescentes, como o Ação Jovem e Vivaleite; e projetos sociais relacionados ao
esporte e cultura, vinculados ao CONDECA (Conselho Estadual dos Direitos da
Criança e do Adolescente), que recebe recursos por meio de incentivo fiscal.
De
acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Gilberto
Nascimento, o poder público, a sociedade civil organizada, a comunidade e a
família são essenciais na construção de um futuro melhor. “O trabalho infantil
causa prejuízo ao desenvolvimento escolar e à saúde das crianças e
adolescentes, e rouba o tempo de brincar e estudar, que são as atividades que
permitem ingressar preparado para a vida adulta cidadã”, ressalta.
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