As manifestações contra o ex-presidente Lula ganharam força e volume no Sul do país. Nos últimos dias, enquanto a caravana do petista passava em algumas cidades, moradores clamavam palavras de ordens e pediam a prisão do ex-presidente. Vídeos que circulam na internet mostram, inclusive, rajadas de ovos sendo atiradas pela população contra ônibus que transportavam a comitiva do Partido dos Trabalhadores.
No fim de semana, em Florianópolis-SC, manifestantes se reuniram na Avenida Beira-Mar Norte, e, munidos com bandeiras do Brasil e os famosos “pixulecos”- bonecos que fazem alusão a Lula na cadeia - organizaram um ato anti-Lula. Em Chapecó, a população também foi às ruas. O grupo, que carregava faixas com frases contra o ex-presidente, fez uma fila de carros com aproximadamente 3 km de extensão, em uma das principais estradas que dá acesso à cidade.
Já em Porto Alegre, capital do Rio grande do Sul, não foi diferente. Grupos contrários ao PT e ao ex-presidente também fizeram barulho em apoio à condenação de Lula.
Outra cidade gaúcha por onde a caravana passou foi São Leopoldo, na microrregião de Porto Alegre. Enquanto apoiadores aguardavam a chegada da comitiva, um avião passava carregando uma faixa onde estava escrito: "Lula o Brasil te quer em cana".
Passo Fundo foi outra cidade que a caravana de Lula não foi bem recebida por parte da população. No município de Bagé, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, produtores rurais e empresários locais também aproveitaram para criticar o ex-presidente. Com cartazes em mãos e aos gritos de “Lula ladrão”, os ruralistas fizeram menção à condenação judicial que pode acarretar na prisão do petista. O ato contou com tratores, cavalos e mais uma vez, com um boneco que representava Lula atrás das grades.
O presidente da Associação Rural Bagé, Rodrigo Moglia, foi um dos organizadores do protesto. Ele afirma que a manifestação é para que haja justiça. Segundo Moglia, “qualquer outro cidadão brasileiro que não disponha de bancas caríssimas de advogados, já estaria preso.”
No dia 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, confirmar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, os desembargadores votaram pelo aumento da pena de nove para 12 anos e um mês de reclusão.
O caso em questão é o do apartamento tríplex, no Guarujá – SP. O
imóvel atribuído a Lula, segundo o Ministério Público Federal (MPF), seria
fruto de um esquema de corrupção entre o ex-presidente e a empreiteira OAS.
Lula, de acordo com as investigações, teria recebido um total de R$ 3,7 milhões
em vantagens indevidas.
Marquezan Araújo
Fonte: Agência do Rádio Mais
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