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segunda-feira, 26 de março de 2018

MAIS DE 50% DAS CRIANÇAS ESTÃO EXPOSTAS ÀS AMEAÇAS DIGITAIS. COMO PODEMOS TORNAR A INTERNET MELHOR PARA ELAS


Neste ano, o relatório DQ Impact Report 2018, realizado em parceria com o Instituto DQ (Digital Intelligent Quotient) e o Fórum Social Mundial, mostrou que 56% das crianças entre 8 e 12 anos estão expostas às ameaças digitais. Além disso, o relatório de impacto revelou que 47% já foram vítimas de cyberbullying. Foram entrevistados 38 mil participantes em 29 países. 

O número de menores na internet aumenta progressivamente. Segundo dados da Unicef divulgados neste ano, a cada segundo, duas crianças entram na internet pela primeira vez. Estas informações comprovam que, apesar de estarem cada vez mais presentes no mundo digital, este meio não é pensado para as crianças. São necessárias opções que entretenham, mas que também colaborem para o desenvolvimento psicossocial delas, uma vez que passarão cada vez mais tempo conectadas.

Foi pensando nessa dor que existe nas famílias que em 2014 Fabiany Lima criou o Timokids, startup que leva entretenimento e conteúdo psicossocial seguro para famílias em 197 países. Abaixo, Fabiany elenca tópicos importantes para a formação de uma internet bem preparada para receber mais crianças, cada vez mais cedo: 
 

REGULAMENTAÇÃO – É certo que existem leis e normas de controle online, mas muitos conteúdos ainda passam imunes à estas vigilâncias. Personagens que têm grande apelo ao público infantil, por exemplo, estão na rede protagonizando situações desconfortáveis em vídeos amadores. Nestas redes sociais, crianças e adultos convivem no mesmo espaço, o que pode ser algo perigoso. Filtrar cada vez mais o que pode estar disponibilizado é necessário;

SUPERVISÃO PARENTAL – "É necessária uma aldeia para criar uma criança", já diz o provérbio africano. Além de, obviamente, os pais terem o dever de monitorar e dialogar com seus filhos sobre os riscos presentes no meio digital, uma rede de compartilhamento dos riscos também é importante e pode proteger outras crianças. Denunciar páginas, vídeos e conversar com pais e mães ao seu redor podem ter um grande impacto em outros lares ;

MAIS CONTEÚDO DE QUALIDADE – Os conteúdos de qualidade voltados para as crianças existem e devem ser estimulados e compartilhados. É necessário que o poder público enxergue a entrada das crianças no mundo digital como uma ação que pode ser proveitosa, para o bem. Um conteúdo seguro interativo permite que as crianças se desenvolvam e estejam protegidas de ameaças e comentários desnecessários. Com um canal democrático como a rede podemos, como sociedade, ter mais efetividade nas mensagens que passamos para as crianças. Isso deve ser prioridade; 
 

MAIS FILTROS- Apesar de toda a força humana aplicada à luta contra os conteúdos impróprios, filtros baseados em inteligência artificial e outros recursos automatizados podem ajudar famílias a se protegerem. Imagens impróprias, palavras indesejadas, entre outras formas perigosas que podem estar atreladas aos conteúdos acessados pelas crianças podem ser detectados e bloqueados.



Fabiany Lima - empreendedora, mãe de gêmeas, fundadora e CEO do Timokids, ferramenta multilíngue psicossocial utilizada em 197 países


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