Você
sabia que segurança física e cibersegurança têm pontos em comum? Um bom
exercício é fazer essa analogia para entender com mais clareza o que é possível
fazer hoje em termos de segurança da informação. Portanto, vamos imaginar um
local onde a criminalidade é alta, sem policiamento adequado e avaliar o que
precisa ser feito para uma segurança efetiva.
O primeiro passo é monitorar.
Instalando câmeras em pontos estratégicos e armazenando em um local central as
gravações, podemos observar e avaliar o que está acontecendo na área. Da mesma
forma, uma empresa pode monitorar tudo o que se passa em diversos pontos de sua
TI com ferramentas específicas (como SIEM).
Entretanto, assim como algumas pessoas podem usar máscaras no meio físico,
existem meios cibernéticos de dificultar a identificação de problemas (ou
indícios deles) nas redes de computadores.
Com os dados observados, já é
possível criar regras de autorização ou bloqueio de acesso às pessoas. Logo, os
mascarados já não seriam mais autorizados a entrar no local. Isso não elimina o
problema para sempre, pois os ofensores sempre buscarão uma nova forma de
burlar as regras. Sendo assim, a monitoração e criação de regras devem ser
reavaliados frequentemente para novas situações. Os softwares do tipo SIEM
permitem que se faça o mesmo, com especialistas em cibersegurança atentos à
novas ameaças e atuando para impedi-las. Contudo, essa ação ainda é de forma
reativa.
Se queremos ser proativos, precisamos
unir os dois mundos: a TI ajuda a automatizar a busca de insights
tanto no caso físico quanto no virtual. Computadores e técnicas modernas de
processamento de dados ajudam a detectar padrões comportamentais dos ofensores
nos incidentes: dias da semana, horários, perfis, etc. Da mesma forma, auxiliam
na detecção de padrões incomuns ou não esperados aos dispositivos de TI ligados
em rede.
O último passo é compartilhar
informações de segurança com vários especialistas da área em tempo real pela
internet. Desta forma, todos passam a tomar conhecimento dos últimos incidentes
de segurança e passam a se prevenir. Aliás, essa é uma das vantagens da
internet 2.0, onde todos colaboram.
Existiria um próximo passo?
Difícil saber. Mas já chegamos em um nível que implica em cada vez menos espaço
para algumas ciberameaças avançarem. O SIEM e os serviços de Threat Intelligence
com colaboração existem e estão disponíveis hoje no mercado. O potencial para
ajudar organizações a se prevenirem é enorme. Na era do conhecimento, a união
faz a força. Já imaginou sua empresa com este nível de cibersegurança?
André Duarte - coordenador de Operações do Arcon Labs
Nenhum comentário:
Postar um comentário