Professores
e pesquisadores da UNIFRAN listam quais os parasitos mais comuns e comentam
sobre prevenção e tratamento
Parasitoses são
doenças causadas por diversos organismos que se instalam no corpo humano ou de
outro animal, provocando uma série de danos ao hospedeiro, e que podem, em
alguns casos, levar à morte. Os professores e pesquisadores em Parasitologia da
Universidade de Franca (UNIFRAN) Lizandra Guidi Magalhães, Coléte Fonseca e
Rafael Paranhos Mendonça indicam que entre os organismos que parasitam o
hospedeiro estão os vermes, carrapatos, piolhos, pulgas, protozoários, entre
outros. Muitas dessas parasitoses são consideradas zoonoses, doenças que
circulam entre diferentes espécies de animais.
No
Brasil, as doenças parasitárias ainda são muito frequentes nas populações,
ocorrendo nas diversas regiões do país, seja em zona rural ou urbana, e atinge
diferentes faixas etárias. No entanto, observa-se uma maior prevalência ou um
maior número de casos principalmente nas regiões mais carentes, devido à falta
de saneamento básico, às condições socioeconômicas da população e a ausência de
educação sanitária.
As
parasitoses humanas e veterinárias de maior ocorrência no Brasil são as
causadas por parasitos que vivem no intestino humano ou dos animais. Na maioria
das vezes, esses parasitos são adquiridos através do consumo de água e de
alimentos contaminados, como a Giardíase e Amebíase, muito comuns principalmente
em crianças em idade escolar. As parasitoses intestinais causadas pelos vermes
também são muito frequentes, com destaque para a Ascaridíase (a famosa
lombriga) e a Teníase (conhecida como solitária).
Além
das parasitoses intestinais, devemos ter conhecimento que existem parasitos que
podem acometer diversas regiões do corpo, como pele, coração, sistema nervoso,
fígado, entre outros, explica a professora Lizandra Guidi Magalhães. A
Esquistossomose é uma delas. Conhecida popularmente como Barriga d´água, a
doença causa, além de danos intestinais, alterações no fígado do indivíduo
contaminado.
Existem
ainda os parasitos sanguíneos, como é o caso da Malária, muito frequente na
região Norte do Brasil e a Doença de Chagas, que está presente em todo o território
brasileiro. Devemos lembrar que, nesses três exemplos, a principal forma de
transmissão é através de vetores específicos, caramujos e insetos, que
transmitem a doença, ressalta a professora.
Os
professores esclarecem que, dentro do universo das parasitoses, é importante
relacionar também os parasitos que vivem na parte externa do corpo do
hospedeiro, como na pele e no couro cabeludo. Os famosos piolho, sarna e berne,
chamados de ectoparasitos, vivem sobre seus hospedeiros e são capazes de desencadear
diversas reações no indivíduo infectado e ainda atuar como agentes
transmissores de doenças.
A
prevenção das parasitoses, de maneira mais ampla, passa pela implantação do
saneamento básico para todas as populações carentes, com a educação e conscientização
dos indivíduos com relação a higiene pessoal, com os alimentos e com o
ambiente. Para os casos em que há participação de vetores na transmissão, o
combate aos vetores é prioritário.
O
tratamento das parasitoses é realizado através de fármacos, com os vermífugos
para vermes, de uso humano e veterinário, e no caso das doenças causadas por
protozoários, o uso de medicamentos anti-protozoários. A busca por novos
medicamentos, como o uso de produtos naturais, que apresentam maior eficácia e
menor dano para o hospedeiro, são uma opção muito buscada por médicos e
veterinários.
Para debater os diversos tipos de parasitoses, a UNIFRAN
promove a oitava edição do Congresso Paulista de Parasitologia entre os dias 23
e 25 de setembro. Informações e inscrições estão disponíveis em http://parasitologia.unifran.edu.br/.
Nenhum comentário:
Postar um comentário