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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Saiba mais sobre parasitoses




Professores e pesquisadores da UNIFRAN listam quais os parasitos mais comuns e comentam sobre prevenção e tratamento 

Parasitoses são doenças causadas por diversos organismos que se instalam no corpo humano ou de outro animal, provocando uma série de danos ao hospedeiro, e que podem, em alguns casos, levar à morte. Os professores e pesquisadores em Parasitologia da Universidade de Franca (UNIFRAN) Lizandra Guidi Magalhães, Coléte Fonseca e Rafael Paranhos Mendonça indicam que entre os organismos que parasitam o hospedeiro estão os vermes, carrapatos, piolhos, pulgas, protozoários, entre outros. Muitas dessas parasitoses são consideradas zoonoses, doenças que circulam entre diferentes espécies de animais.
 
No Brasil, as doenças parasitárias ainda são muito frequentes nas populações, ocorrendo nas diversas regiões do país, seja em zona rural ou urbana, e atinge diferentes faixas etárias. No entanto, observa-se uma maior prevalência ou um maior número de casos principalmente nas regiões mais carentes, devido à falta de saneamento básico, às condições socioeconômicas da população e a ausência de educação sanitária.

As parasitoses humanas e veterinárias de maior ocorrência no Brasil são as causadas por parasitos que vivem no intestino humano ou dos animais. Na maioria das vezes, esses parasitos são adquiridos através do consumo de água e de alimentos contaminados, como a Giardíase e Amebíase, muito comuns principalmente em crianças em idade escolar. As parasitoses intestinais causadas pelos vermes também são muito frequentes, com destaque para a Ascaridíase (a famosa lombriga) e a Teníase (conhecida como solitária).
“Além das parasitoses intestinais, devemos ter conhecimento que existem parasitos que podem acometer diversas regiões do corpo, como pele, coração, sistema nervoso, fígado, entre outros”, explica a professora Lizandra Guidi Magalhães. A Esquistossomose é uma delas. Conhecida popularmente como Barriga d´água, a doença causa, além de danos intestinais, alterações no fígado do indivíduo contaminado. 

Existem ainda os parasitos sanguíneos, como é o caso da Malária, muito frequente na região Norte do Brasil e a Doença de Chagas, que está presente em todo o território brasileiro. “Devemos lembrar que, nesses três exemplos, a principal forma de transmissão é através de vetores específicos, caramujos e insetos, que transmitem a doença”, ressalta a professora. 

Os professores esclarecem que, dentro do universo das parasitoses, é importante relacionar também os parasitos que vivem na parte externa do corpo do hospedeiro, como na pele e no couro cabeludo. Os famosos piolho, sarna e berne, chamados de ectoparasitos, vivem sobre seus hospedeiros e são capazes de desencadear diversas reações no indivíduo infectado e ainda atuar como agentes transmissores de doenças.
A prevenção das parasitoses, de maneira mais ampla, passa pela implantação do saneamento básico para todas as populações carentes, com a educação e conscientização dos indivíduos com relação a higiene pessoal, com os alimentos e com o ambiente. Para os casos em que há participação de vetores na transmissão, o combate aos vetores é prioritário.

O tratamento das parasitoses é realizado através de fármacos, com os vermífugos para vermes, de uso humano e veterinário, e no caso das doenças causadas por protozoários, o uso de medicamentos anti-protozoários. A busca por novos medicamentos, como o uso de produtos naturais, que apresentam maior eficácia e menor dano para o hospedeiro, são uma opção muito buscada por médicos e veterinários.

Para debater os diversos tipos de parasitoses, a UNIFRAN promove a oitava edição do Congresso Paulista de Parasitologia entre os dias 23 e 25 de setembro. Informações e inscrições estão disponíveis em http://parasitologia.unifran.edu.br/. 


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